CONJUNTURA: Empresas ligadas ao agronegócio devem impulsionar economia do PR

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As vendas da indústria paranaense, que registraram aumento acumulado de 10,2% de janeiro a maio deste ano, conforme dados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), devem reverter a queda no desempenho do setor no segundo semestre impulsionada pela forte influência da agroindústria e empresas correlatas no Estado.A análise é do presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças seccional Paraná (Ibef-PR), Luís Antônio Giacomassi Cavet, que atribui aos setores ligados à produção agrícola a obtenção de bons resultados até o final deste ano. "No Paraná, alguns setores, especialmente da agroindústria, tiveram crescimento por serem ligados a commodities, devendo carregar parte desse bônus para o segundo semestre. Isso acaba sendo repassado a setores como máquinas, equipamentos, insumos e fertilizantes e nosso Estado vai se beneficiar disso", analisa. Mesmo com a inversão da tendência de desaquecimento da indústria, Cavet aponta que a inibição ao crédito deve continuar castigando o crescimento do setor produtivo. "Um dos mecanismos de que o Banco Central dispõe para conter a inflação é manter os juros altos. Teremos que conviver com a escassez do crédito no segundo semestre", avisa. (Assessoria de Imprensa Ibef-PR)

O futuro do etanol sem tarifa

Senadores americanos chegaram nesta quinta-feira (07/07) a um acordo para extinguir os subsídios e a tarifa de importação do álcool combustível no fim deste mês, uma medida que poderá beneficiar a indústria brasileira de cana-de-açúcar. Ainda falta, porém, definir como isso será feito.

O fim das restrições trará dividendos a médio prazo. Hoje o Brasil tem pouco etanol para atender a própria demanda e o mercado interno paga melhor que o externo. Segundo levantamento da comercializadora Bioagência, o embarque de etanol neste momento resultaria em um preço 25% menor ao doméstico. As usinas sucroalcooleiras no Brasil acreditam que a queda efetiva da tarifa de importação trará novas perspectivas de investimentos no futuro. Em um horizonte de curto prazo, o Brasil ainda precisa plantar cana para superar a ociosidade de sua indústria, que nesta safra será de 80 milhões de toneladas, ou 13% da capacidade.

Deve levar cerca de três anos para que o Brasil consiga exportar etanol para os EUA, segundo analistas. No curto prazo, diz Júlio Maria Borges, diretor da Job Economia e Planejamento, é mais provável que o Brasil importe o produto dos EUA. Para ele, a venda para os EUA pode começar antes só se o preço do açúcar no mercado externo cair. "Aí vão produzir menos açúcar e sobrará cana para o etanol", diz. (Valor Econômico)

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