COMMODITIES: Demanda por soja produzida nos EUA garante alta do grão em Chicago

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A soja encontrou suporte na boa demanda internacional pelo produto americano, resistiu ao pessimismo em relação ao futuro da economia global que dominou os mercados e tornou-se a única commodity agrícola de grande liquidez a encerrar a terça-feira (06/03) em alta nas principais bolsas americanas.


Chicago - Em Chicago, onde os preços do grão são referenciados, os contratos com vencimento em maio fecharam a US$ 13,3525 por bushel, ganho de 10,25 centavos de dólar em relação à véspera — e isso apesar da valorização do dólar, que tira competitividade dos embarques americanos. A alta acumulada desses papéis em 2012 chegou a 10,56%, de acordo com cálculos do Valor Data.


Quebra na América Latina - Essa boa demanda pela soja dos EUA decorre, em parte, da quebra da produção na América do Sul na temporada 2011/12, em virtude de uma estiagem provocada pelo fenômeno La Niña. Em relação às estimativas iniciais, a colheita sul-americana, que está na reta final, será cerca de 20 milhões de toneladas menor.


Brasil - Segundo a publicação alemã “Oil World”, só no Brasil a quebra será de 7,3 milhões de toneladas. Os analistas da publicação inicialmente esperavam produção de 75,3 milhões de toneladas no segundo maior exportador mundial de soja em grão, mas passaram a estimar 68 milhões.


Procura - E a procura pelas exportações dos EUA é liderada por importadores da China, apesar de o governo do país asiático ter anunciado uma redução nas metas de crescimento da economia local em 2012. Não passou despercebida a greve de portuários na Argentina, segundo maior exportador de soja do planeta, mas o reflexo do movimento sobre as cotações foi irrisório. Em Chicago, milho e trigo recuaram. (Valor Econômico)

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