COCAMAR I: Mudanças no manejo podem aumentar a produtividade de milho
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O milho é uma das culturas mais responsivas que se conhece e o nitrogênio está entre os principais nutrientes para aumentar produtividade. Contudo, parte dos produtores, em função de o cultivo ser feito em uma época de risco, não tem utilizado a prática da adubação de cobertura, considerada fundamental. Preconizando uma mudança no manejo nutricional, especialmente de nitrogênio, para obter ampliar a produtividade, o especialista Antonio Luiz Fancelli, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), foi um dos palestrantes da 5ª edição do Encontro de Produtores de Milho promovido pela Cocamar na quarta-feira (23/11), na Associação Cocamar, em Maringá.
Momento de avançar - Na abertura do evento, que contou com a participação de 400 cooperados convidados de toda a região da cooperativa (norte e noroeste do Estado), o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, citou que as lavouras da região têm evoluído em termos produtivos, mas ainda há muito a melhorar. “O bom momento do mercado é um estímulo para investir em novas tecnologias e melhorar os nossos patamares. Esses avanços é que vão garantir o suporte necessário nos anos menos favoráveis”, disse.
Nitrogênio - Segundo Fancelli, o agricultor deveria utilizar algo em torno de 25 a 30 quilos de nitrogênio na semeadura e mais 30 a 50 quilos do nutriente em cobertura, principalmente na forma de nitrato de amônio, sulfato de amônio ou ureia protegida. “O momento adequado para fazer a adubação de cobertura é entre duas a seis folhas, de preferência incorporada ou na forma de filete contínuo concentrado no centro da fileira”, recomendou.
Dicas - Para melhorar o aproveitamento da adubação com nitrogênio, Fancelli sugeriu o uso de adubação foliar com molibdênio na emissão da quarta ou sexta folha. Outra dica é o uso de uma novidade: a inoculação do milho com Azospirillum brasilense, bactéria que realiza a fixação biológica de nitrogênio e que pode render à cultura 50 quilos do nutriente. “Esse conjunto de medidas proporcionará ao produtor e ao milho ganhos de produtividade bastante satisfatórios e lucrativos, com custo benefício bastante favorável, sobretudo no uso do inoculante e de molibdênio”, afirmou.
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Diagnose - O outro palestrante, Ricardo Trezzi Casa, da Universidade de Santa Catarina (Udesc), discorreu sobre diagnose e manejo de doenças foliares. (Imprensa Cocamar)