Coagro, do PR, volta ao azul

Pela primeira vez em oito anos, a Cooperativa Agropecuária Capanema (Coagro), do Oeste do Paraná, obteve, em 2002, resultado operacional líquido positivo. O valor chegou a R$ 3 milhões e também refletiu o aumento de 32% do faturamento, que alcançou R$ 52,8 milhões, ante os R$ 39,9 milhões do ano anterior. Segundo o presidente da Coagro, Sebaldo Waclawovski, a reversão dos números é resultado direto de um trabalho iniciado em 1999, quando a cooperativa amargava déficit de 12% em relação ao faturamento atual. Ativos no valor de R$ 4,5 milhões foram vendidos e os custos foram enxugados em R$ 1,5 milhão, conta. Para se concentrar em seu foco prioritário - compra de cereais e venda de insumos -, a cooperativa abandonou algumas atividades, entre elas a de suínos, que teve um 2002 bastante ruim.

Atividade-foco - "Os gerentes foram liberados para atuar na atividade-foco", revela Waclawovski, e a área técnica engordou de oito para 16 profissionais, que receberam treinamento na área de vendas. A cooperativa, ainda de acordo com ele, agora pretende investir na remodelação de suas lojas. Waclawovski admite que a desvalorização do real também teve papel fundamental para o resultado positivo colhido em 2002, uma vez que os insumos foram comprados com o dólar cotado a R$ 2,50 e revendidos quando a moeda americana estava sendo negociada a R$ 3,60.

Investimentos - Apostando que o setor agrícola vai repetir o bom desempenho observado no ano passado, a Coagro planeja investimentos de aproximadamente R$ 1 milhão, quase todo com capital próprio. Entre os novos projetos previstos está a instalação de um novo conjunto de secagem, a reforma de unidades, a aquisição de equipamentos e a compra de novas instalações. A concentração no foco prioritário de atividades garantiu, na opinião de Waclawovski, mais produtividade, menos custos e, portanto, maior competitividade. O que atraiu a entrada de novos cooperados. No ano passado, a cooperativa ganhou quase mil associados, somando hoje 4.745, em 11 entrepostos. (Fonte: Valor Econômico)