China libera compra de soja brasileira

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A China aprovou a certificação provisória proposta pelo Brasil para a soja e deve retomar as compras do grão do país em breve. Com a decisão, Brasília garantirá que a soja é convencional, mas passível de conter traços de transgênica. Segundo o diretor do Departamento de Inspeção Vegetal do Ministério da Agricultura, Odilson Ribeiro, o governo foi notificado da decisão ontem pela embaixada brasileira em Pequim. A China começa a aceitar pedidos de importação da soja brasileira a partir de 9 de fevereiro, conforme uma fonte do governo chinês ouvida pela agência Bloomberg. O sinal verde chinês veio ao mesmo tempo em que o governo brasileiro autorizou a compra de alho do país asiático. "A China poderá exportar alho ao Brasil, desde que acompanhado de um certificado fitossanitário", diz Ribeiro. O governo encaminha também a documentação para análise de risco do milho chinês, que é livre de transgênicos.

Prazo - A certificação provisória da soja brasileira vale até 20 de setembro, quando passa a vigorar na China uma lei definitiva de certificação. A partir daí, o Brasil terá que garantir que sua soja é livre de transgênicos. Para atender essa demanda, o governo colocou sua proposta em consulta pública. "Iremos certificar a soja já colhida por meio de análises laboratoriais. E a partir do plantio da safra 2004/05, poderemos garantir toda a cadeia", afirma Ribeiro. Conforme o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, o setor deve se preparar para segregar a soja. Em 2002, a China se tornou o principal comprador da soja brasileira em grão, adquirindo 4,142 milhões de toneladas, ou 26% do total exportado pelo país, segundo a Abiove. "Os chineses devem importar de 4 milhões e 5 milhões de toneladas esse ano", diz Lovatelli. Para Ribeiro, o Brasil pode ampliar sua participação, pois "os chineses garantiram que preferem soja não transgênica". (Fonte: Valor Econômico)

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