\"Boletim do milho\" avalia perspectivas de mercado

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Elaborado quinzenalmente pela Secretaria da Agricultura, Ocepar, Faep e outras instituições do agronegócio, o Boletim do Milho traz informações atualizadas do setor. O informativo desta semana, por exemplo, avalia que "os preços médios do milho no Paraná tornam a recuar e atingem R$ 14,61 a saca, valor aproximadamente 6,3% inferior aos preços da semana anterior. Esta é a menor cotação do cereal desde a primeira quinzena de setembro de 2002. O retorno da valorização do real e o afastamento momentâneo do risco da incidência de geadas na safrinha são os fatores responsáveis pela queda dos preços. Também a retração dos compradores, que permanecem adquirindo milho da "mão para a boca", continua influenciando negativamente nos preços.

Safra recorde - A produção de 8,15 milhões de toneladas na safra normal e a estimativa de colheita de 4,167 milhões de toneladas na safrinha darão ao Paraná o recorde de produção neste ano, totalizando 12,3 milhões de toneladas. O milho e a soja totalizarão uma produção 22,847 milhões de toneladas, respondendo por 95% da safra de grãos de verão do Estado. No ano passado as produções de soja e milho totalizaram 19,06 milhões de toneladas. Na semana passada a comercialização da safra normal de milho atingiu 57 %, onde os compradores, acreditando que a produção nacional será suficiente para atender a demanda interna estão retraídos. A decisão do governo federal de contratar a compra de 1,5 milhão de toneladas de milho através dos leilões de opções foi uma forma de contribuir para o equilíbrio nos preços do produto e garantir o abastecimento futuro. O governo estuda a compra de mais 1,5 milhão de toneladas, para engordar seus estoques e enxugar um pouco o mercado e, assim, garantindo o estímulo para a nova safra. O Brasil consome cerca de 37,5 milhões de toneladas, para uma produção de 42,7 milhões. O excedente vai para o mercado externo.

Medidas de apoio - O Plano Safra anunciado semana passada prevê as seguintes medidas de apoio à produção de milho: manutenção das taxas de juros de 8,75% ao ano para o crédito rural normal tanto para custeio como para investimento; reajuste dos preços mínimos, no caso do milho, o reajuste foi de 42,1% passando de R$9,50 para R$ 13,50 a saca de 60kg; ampliação dos limites de custeio, em especial, para o milho de R$ 250 mil para R$ 400mil; aumento no volume de recursos para financiamento da safra de 25,8% passando de R$ 27,5 bilhões para R$ 32,5 bilhões. Os contratos de opção, lançados no governo anterior, continuam sendo uma importante medida de apoio à comercialização do milho. O contrato dá ao produtor ou sua cooperativa o direito - mas não a obrigação - de vender a sua produção para o Governo, numa data futura, a um preço previamente fixado (preço de exercício). Serve para proteger o produtor contra os riscos de queda nos preços de seu produto. O "Boletim do Milho", com informações didáticas sobre os contratos de opção, pode ser acessado pela Internet, na página da Ocepar (www.ocepar.org.br), da Faep (www.faep.com.br) e da Seab (www.pr.gov.br/seab).

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