AGRICULTURA: Stephanes cobra planejamento para acompanhar a expansão do setor

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Dar à agricultura o tratamento de área estratégica e planejar ações que atendam à demanda por alimentos no futuro. Estas são as condições apontadas pelo deputado federal e ex-ministro da área no Governo Lula, Reinhold Stephanes (PSD/PR), para que o País conquiste a liderança na produção agropecuária nos próximos anos.  A declaração foi feita nesta segunda-feira (31/10), na tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília. Stephanes responsabilizou o predomínio da visão urbana nas decisões de governo e a falta de planejamento e de logística para escoar a produção como dificuldades para a expansão do setor.

 

Renda incompatível - Para o ex-ministro, apesar de a agricultura ser responsável pelo superávit da balança comercial brasileira, a renda gerada pela área é incompatível com a dimensão alcançada. Isso faz, segundo ele, que o custo da porteira até o consumidor seja o dobro dos Estados Unidos e bem superior ao da Argentina. "Sem estratégia, será impossível superar obstáculos de infraestrutura e de logística" explicou, citando visita ao Porto de Paranaguá (PR), em julho, quando 28 navios aguardavam o desembarque de fertilizantes, mas a capacidade do porto era atender apenas um por dia. "Lamentavelmente, a situação de Paranaguá é igual a da maioria dos portos brasileiros. Isto representa custo", ponderou.

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Condições estruturais - O ex-ministro afirmou que para o País atingir as condições estruturais e a eficiência desejada, em dez anos,  são precisos investimentos, mudança de conceitos na atual legislação e na forma de entender o porto. "A construção de um terminal, por exemplo, demora pelo menos cinco anos", avaliou.

 

Comando - Stephanes lamentou, ainda, que o Ministério da Agricultura não tenha assumido o comando de uma agenda para superar obstáculos do setor. Os obstáculos, segundo ele, são o alto custo dos fertilizantes, engarrafamentos gigantescos nos portos, perdas de produtos ao longo de rodovias, falta de armazéns, estoque de colheita a céu aberto e a impossibilidade de manutenção das estradas municipais. (Assessoria de Imprensa do deputado federal Reinhold Stephanes)

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