“Para projetar estratégias capazes de gerar negócios sólidos e empresas competitivas, de longa atuação no mercado, é preciso investir na cultura do conhecimento”. Com esse discurso, Ozires Silva, reitor do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), encantou uma plateia formada por 250 cooperados e dirigentes, durante a XXI Convenção Nacional Uniodonto, na última quinta-feira (06/10), em Imbassaí (BA).

 

Contribuição - Aos 82 anos, Silva é reconhecido por sua contribuição para o desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira. Foi ele quem deu início à produção industrial de aviões no Brasil. À frente da equipe que projetou e construiu o avião Bandeirante, também liderou em 1970 o grupo que promoveu a criação da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), uma das maiores organizações aeroespaciais do mundo.

 

Determinante - Oficial da Aeronáutica e engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ele defende que o investimento em educação, com destaque para o papel do ITA, foi determinante para que a Embraer se firmasse como referência, respondendo hoje pela fabricação de aviões para dezenas de países. Em sua apresentação, Silva lembrou que a própria Constituição Federal diz que a educação é direito de todos e deve ser promovida com a colaboração da sociedade.

 

Mão de obra qualificada - Para o reitor, uma atenção especial à educação garantirá mão de obra qualificada e fará o país ser transformar mais rapidamente. “Tenho o sonho de que o Brasil seja respeitado no mundo todo. Para isso, precisamos de gente competente e qualificada”, declarou.

 

Carreira - Ozires Silva presidiu a Embraer até 1986, quando aceitou o desafio de ser presidente da Petrobras, onde atuou até 1989. Em 1990, assumiu o Ministério de Infraestrutura e, em 1991, retornou à empresa, desempenhando um papel importante na condução do seu processo de privatização, concluído em 1994. (Informe OCB)

Nesta sexta-feira (07/10), no Centro de Convenções Dr. Décio da Silva Bacelar, em Mandaguari, ocorre o tradicional Encontro dos Cafeicultores, durante o qual serão conhecidos os vencedores da etapa regional do Concurso Café Qualidade Paraná 2011, cuja degustação foi realizada em 8 de setembro.

 

Amostras - Nesta edição, 13 amostras concorrem ao melhor café da regional Maringá. Segundo os degustadores, a expectativa é de páreo duro. Carlos Amaral, proprietário da Corretora A Rural, de Londrina e presidente do Centro de Comércio de Café do Paraná, destacou que a escolha foi bem difícil. “Sempre um se destaca e dessa vez teve uma hegemonia, sinal de qualidade dos cafés da região. Eu não provei nas outras regionais, mas pelo que eu tenho provado de cafés do Paraná inteiro, eu diria que é quase uma certeza ter um dos cafés degustados em Mandaguari entre os finalistas nas próximas etapas do concurso”, completou.

 

Alto nível - Francisco Carlos Cabral de Melo, gerente Comercial e analista de Café da empresa Tristão Companhia de Comércio Exterior, que também participou como degustador nesta fase do concurso se disse impressionado com a qualidade das amostras. “Foi uma degustação bastante nivelada, com detalhes mínimos de diferença entre eles. Todos de excelente qualidade, o que, por um lado dificulta a escolha, mas por outro, mostra que a região tem cafés de alto nível”, constatou Melo. 

 

Concurso - Na ocasião, haverá o Festival da Coada e o Concurso de Pratos à Base de Café, que elege e premia a melhor coada de café e os mais deliciosos doces, ambos feitos com o Café Cocari. O concurso é uma iniciativa da cooperativa para envolver a família dos cafeicultores em atividades relacionadas à cultura do café.

 

Serviço - Etapa regional do Concurso Café Qualidade Paraná 2011 / Data: 7 de outubro de 2011 / Horário: 14h30 / Local: Centro de Convenções Dr. Décio da Silva Bacelar / Rua Padre Antonio Lock, s/n - Mandaguari-PR. (Imprensa Cocari)

O Sistema Faep e entidades parceiras realizam, no dia 21 de outubro, às 10h, na Expounimed, em Curitiba, a solenidade de premiação de alunos e professores de escolas da rede pública e particular de ensino do Estado do Paraná, vencedores dos concursos promovidos pelo Programa Agrinho.  O programa é resultado da parceria entre o Senar-PR, Faep, Secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Agricultura e do Abastecimento, além de diversas empresas e instituições públicas e privadas. 

Nesta semana, a Integrada dá início às atividades do projeto Plante um Sorriso para marcar as comemorações do mês das crianças. Todas as 14 Unidades Regionais da cooperativa, além da Unidade Industrial de Milho e da Unidade Industrial de Fios, irão desenvolver ações voltadas para crianças atendidas por instituições de ensino e entidades assistenciais do Paraná.

 

Ações voluntárias - O projeto Plante um Sorriso foi criado em 2003 com o objetivo de promover educação, cultura e cidadania de crianças dos municípios onde a Integrada atua. Durante todo o ano, colaboradores da cooperativa promoveram diversas ações voluntárias para levantar recursos para as atividades que serão desenvolvidas.

 

Doação - Agricultores associados também doaram uma parte de sua produção agrícola ao projeto. Com os recursos, a Integrada fará durante este mês a doação de brinquedos pedagógicos e materiais de apoio para as instituições, além de realizar peças teatrais, oficinas artesanais, projetos de incentivo à leitura e diversas outras atividades.

 

Satisfação - “É uma satisfação poder contribuir com o desenvolvimento das crianças e jovens. A satisfação é também poder observar o envolvimento do nosso público interno e de nossos cooperados para apoiar as ações do Plante um Sorriso. A preocupação com a comunidade é um dos princípios do cooperativismo e nós procuramos sempre colaborar com os setores que precisam de apoio”, destaca o presidente da Integrada, Carlos Murate.

 

Atendimento - Em 2010, o projeto Plante um Sorriso atendeu 6.500 crianças de 69 entidades, através da doação de 3.500 brinquedos pedagógicos e 1.800 quilos de alimentos. (Imprensa Integrada)

O Banco do Brasil (BB) vai começar uma campanha para divulgar o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) nas próximas semanas. Iniciado na safra 2010/11, o ABC é considerado uma prioridade para a direção do banco, que tenta aumentar o valor dos desembolsos nesse programa, mas o desempenho tem sido baixo.

 

Valor desembolsado - Do orçamento de R$ 850 milhões que o BB é responsável por gerir, apenas R$ 13,7 milhões, em 50 operações de crédito, foram emprestados de julho a setembro deste ano. O valor desembolsado representa apenas 1,5% do orçamento total do BB destinado ao programa. O diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Ives Cézar Fülber, diz que a demanda é baixa porque o produtor ainda não conhece o programa. Apesar do início lento, o BB está analisando 380 projetos que podem somar mais R$ 170 milhões.

 

Recursos totais - Os recursos totais do programa ABC para a safra 2011/12 são de R$ 3,15 bilhões. O ABC pode ser usado por agricultores e cooperativas, com um limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano, carência de até oito anos e prazo de reembolso de até 15 anos.

 

Incentivo - O programa incentiva processos tecnológicos que neutralizam ou minimizam os efeitos dos gases de efeito estufa no campo. Esses gases, representados geralmente pelo dióxido de carbono (CO2), são responsáveis pelo superaquecimento do planeta. De acordo com o vice-presidente de agronegócios da instituição, Osmar Dias, o plano é fundamental para o crescimento da tecnologia no campo. "Cada vez precisamos de mais tecnologia para produzir mais alimentos no campo. Temos que andar com esse programa, que é um dos melhores", afirmou o vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil.

 

Emissões - Lançado em julho do ano passado, o programa ABC tem como objetivo evitar a emissão na atmosfera de 165 milhões de toneladas de CO2 equivalente nos próximos dez anos por meio de seis práticas agrícolas sustentáveis: o plantio direto na palha, a integração lavoura-pecuária-floresta, a recuperação de pastos degradados, o plantio de florestas, a fixação biológica de nitrogênio e o tratamento de resíduos animais. (Valor Econômico)

Mais um grupo de filhos de associados da Lar, com idade acima de 14 anos, concluiu o 3º Curso Modular, promovido com o objetivo aproximar os adolescentes e jovens da cooperativa A formatura foi realizada no dia 24 de setembro, com a presença dos pais. O diretor secretário da Lar, Urbano, representou a presidência da cooperativa. Estavam ainda presentes alguns conselheiros de administração e fiscal, além da coordenação geral do grupo de mães e do grupo de jovens da cooperativa. O gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boeshe, também prestigiou o evento.

 

Cooperativismo - De acordo com os organizadores, os cursos modulares tem mostrado a importância do cooperativismo como ferramenta na construção de uma sociedade mais igualitária, unindo os associados através de seus ideais. Além disso, tem ajudado no desenvolvimento emocional dos adolescentes e jovens, e também em seu relacionamento familiar, oportunizando importantes esclarecimentos  em como administrar sentimentos e emoções neste período juvenil,  na segurança da tomada de decisões sobre o futuro.

 

Etapas – O 3º Curso Modular foi realizado em oito etapas, com duração de 16 horas cada uma, no Centro de Desenvolvimento e Treinamentos da cooperativa. As atividades são organizadas em intervalos de 15 ou 20 dias, em períodos que não afetem o cotidiano das propriedades, ou seja, fora de épocas de plantio ou colheitas e também em dias alternados da semana para não prejudicar os as atividades escolares dos jovens.

 

Conteúdos – A primeira etapa foi marcada pela construção democrática de um “contrato de convivência” que deve ser considerado pelos participantes em todas as demais fases do curso. A partir daí, vários assuntos são discutidos com os jovens, começando pela doutrina cooperativista, com o professor/consultor Ney Guimarães. A segunda e terceira etapa foram conduzidas pelo professor/consultor Renato Oliveira, que abordou auto estima, vocacionalidade, entre outros.

 

Demais fases - A quarta etapa foi sobre Comunicação e Oratória, com o professor Tarcísio e Luciane. Na quinta etapa, a professora/consultora Nair Onofre desenvolveu o trabalho sobe Emotologia, que estuda o desenvolvimento das potencialidades humanas. Na sexta etapa, o professor Ney Guimarães, teve uma nova participação promovendo reflexões sobre Projeto e Vida e Protagonismo Juvenil. Na sétima etapa, o professor Leomar focou a questão Empreededorismo Juvenil, sendo que nesta etapa o grupo visitou a cooperativa Lar.  Na oitava e última etapa o tema central foi Educação Cooperativista, com o professor Ney Guimarães que acompanhou todo processo junto ao setor de cooperativismo. 

A Unimed Londrina ganhou o Prêmio Unimed – Práticas em Gestão de Pessoas, como primeira colocada na categoria Desenvolvimento Técnico e Comportamental com o trabalho “Gestão por Competências”. A entrega dos troféus será realizada durante a 41ª Convenção Nacional Unimed, no dia 26 de outubro, às 14h, em Fortaleza.

 

Alinhamento - O trabalho de Gestão por Competências teve início na Unimed Londrina em 2008, com o objetivo de alinhar o desenvolvimento de pessoas ao mapa estratégico implantado pela cooperativa naquele ano, após a adoção do Balanced Scorecard (BSC) como modelo de gestão. “Por meio da Gestão por Competência, a empresa realizou um grande trabalho, que envolveu todo o quadro de colaboradores e cooperados, visando a assegurar o cumprimento de sua visão de futuro”, explica a gestora da Assessoria de Desenvolvimento Humano, Lucia Baum.

 

Visão de futuro - O mapa estratégico então construído apontava para uma visão de futuro audaciosa: “Tornar-se a melhor cooperativa médica do Brasil até 2014, reconhecida por sua excelência operacional, modelo de gestão sustentável e satisfação dos clientes, cooperados e colaboradores.” Para alcançar essa visão de futuro, é preciso observar todas as quatro perspectivas do mapa. A primeira é aprendizagem e crescimento. Mais acima, e pela ordem, estão a perspectiva de processos internos, a perspectiva de mercados e partes interessadas e a perspectiva financeira.

 

Incentivo - “Foi neste sentido que trabalhamos desde então, de incentivar o desenvolvimento das competências em todos os níveis hierárquicos da Cooperativa. Promovendo sempre o aprendizado entre os colaboradores”, explica. Segundo a analista da Assessoria de Desenvolvimento Humano, Luciana Nadai, o prêmio é o resultado do trabalho desenvolvido no dia a dia. “Nós estamos muito felizes porque o prêmio é o resultado da dedicação que temos diariamente em nossos trabalhos. São vários desafios que precisamos vencer para implantar a Gestão por Competências na Cooperativa e isso mostra que a dedicação valeu à pena e que estamos no caminho certo”, explica.

 

Empenho e dedicação - “Certamente, este prêmio mostra o empenho e a dedicação, não só da equipe da ADH, mas de todos os colaboradores que se emprenharam e se comprometem com todas as ações  que promovemos e que se preocupam com o aprendizado constante. Os resultados são positivos e sentidos no dia a dia de trabalho na Cooperativa e o Prêmio vem para coroar essas conquistas e nos incentivar a melhorar ainda mais. É um prêmio de todos os colaboradores”, relata a gestora. (Imprensa Unimed Londrina)

O Conselho Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) se reuniu nesta terça-feira (27/09), na sede da instituição em Brasília (DF). Na pauta, estiveram temas como a definição de critérios para o repasse suplementar do Fundo Solidário de Desenvolvimento Cooperativo (Fundecoop), a reformulação orçamentária das unidades estaduais e nacional, além da apresentação de uma proposta para a diretriz nacional de monitoramento, aprovada por unanimidade.

Avanço - “Estamos muito satisfeitos com a aprovação. A diretriz significa um avanço rumo à consolidação dos resultados alcançados pelo sistema cooperativista”, explicou a gerente de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas, Susan Miyashita Vilela. Os conselheiros destacaram a solidez e a sistematização do projeto. “Para eles, a diretriz vai trazer simetria ao trabalho que já era realizado pelas unidades estaduais, além de maior transparência aos Conselhos Fiscais das cooperativas”, relatou Susan. Para a gestora, o resultado é fruto de um processo participativo, construído pelo Comitê de Monitoramento, composto por representantes das unidades estaduais do Sescoop. 

Convênio - O conselho aprovou, também, a celebração de um convênio de cooperação técnica e financeira com a Fundação Unimed. O objetivo é capacitar dirigentes e gestores de cooperativas pertencentes aos sistemas Unimed e Uniodonto nos temas Orçamento de custeio e Planejamento orçamentário. O projeto faz parte de um programa de educação continuada para cooperativas, cujo primeiro módulo encerrou-se em abril deste ano. A previsão é de que o segundo módulo seja concluído até dezembro.

Troca de experiências - “Esta capacitação, além de aplicar conhecimentos e metodologias de apoio à gestão empresarial para cooperativas de saúde, permitirá o debate sobre questões do dia a dia. Trata-se de um eficaz ponto de encontro, integração e trocas de experiências sobre as questões administrativas e financeiras das cooperativas de saúde”, destacou o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Saúde da OCB, Laudo Rogério dos Santos. 

Centros metropolitanos - O curso será ministrado nos principais centros metropolitanos de 17 estados, de forma a facilitar o acesso dos participantes. O conteúdo e a metodologia a serem aplicados foram desenvolvidos pela Fundação Unimed em parceria com a Unimed do Brasil. O Sescoop ficará responsável pelo fornecimento dos instrutores e toda a logística necessária. A primeira turma está prevista para os dias 17 e 18 de outubro, no estado de São Paulo. (Informe OCB)

Promover uma reflexão sobre o posicionamento das cooperativas agropecuárias e o papel do médico veterinário no mercado de leite brasileiro. Com esse o objetivo, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) realiza, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um curso voltado aos profissionais da área, atuantes em cooperativas agropecuárias. Com duração de quatro dias, a formação ocorrerá entre os dias 24 e 28 de outubro, em Brasília (DF), e as inscrições vão até esta sexta-feira (30/09). 

Transferência de conhecimentos - Segundo o presidente do Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, a iniciativa é fruto de uma aliança estratégica de cooperação com a Embrapa, propícia para transformar a instituição cooperativista em veículo de transferência de conhecimentos. “A Embrapa gera muita tecnologia e informação, que podem ser aproveitadas pelas cooperativas e o curso será uma ferramenta para disseminação dos conhecimentos. A formação para veterinários é uma grande oportunidade de fazer a ponte entre a necessidade da maior empresa de pesquisa agropecuária do mundo, em transferir tecnologia, e a do movimento cooperativista, em colocá-las em prática”, afirmou. Freitas ressalta, ainda, ser fundamental o engajamento e a participação das unidades estaduais nesse trabalho.

Tema - Focadas no tema “Cooperativismo, mercado para o segmento de leite e tecnologia em exame andrológico de bovinos”, as aulas abordarão técnicas acessíveis de melhoramento genético, que deverão ser disseminadas posteriormente aos associados das cooperativas participantes, assim como outros conteúdos programados - cooperativismo, tecnologia e mercado. No total, serão disponibilizadas 40 vagas. A divisão foi definida com base na representatividade das bacias leiteiras no Brasil, conforme o anuário do leite 2011. Sendo assim, cada estado terá direito a uma vaga, com exceção da Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, que contarão com duas, e Goiás e Minas Gerais, que poderão enviar até três participantes. Os interessados devem procurar suas respectivas unidades estaduais e preencher a ficha de inscrição e demais formulários. Clique aqui para mais informações.

(Informe OCB)

O gerente jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Adriano Campos Alves presidiu, no sábado (24/09) um dos últimos painéis do XIV Congresso Brasiliense de Direito Constitucional promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), sobre o tema “Acesso às disponibilidades de caixa por Bancos Privados e de Cooperativas de Créditos”. “Esse painel é uma oportunidade para quebrarmos alguns paradigmas, pois esse assunto é tido como um tabu pelas autoridades envolvidas, tendo em vista que muitas delas não discutem o tema da forma como deveriam”, avaliou Adriano Alves. O evento contou com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). 

Painelistas - Participaram como painelistas o advogado e diretor operacional do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Enio Meinen, e o também advogado e doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP), professor Rodrigo Pagani de Souza, membro da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP) e do escritório Sundfeld Consultores Associados.

Posições extremas - Concordando com a opinião de Alves sobre o aprofundamento dos debates, Meinen complementou afirmando ser preciso desmistificar o assunto “pois existem posições extremas quanto à questão”. Para fundamentar seus argumentos em defesa ao acesso às disponibilidades de caixa por bancos privados e cooperativas de crédito, Meinen fez uma revisitação ao marco regulatório previsto no Art. 164, § 3º da CF/88, que reserva o acesso a tais disponibilidades apenas aos chamados “Bancos Oficiais”. 

Lei - Segundo o advogado, a Lei 6.404, de 1976, define bem a expressão “disponibilidades de caixa” como sendo o recurso disponível e livremente movimentável pelos respectivos titulares do numerário. “As preocupações, no entanto, com relação às disponibilidades de caixa das pessoas jurídicas de direito público, entre elas, os municípios, se voltam para a correta administração desses recursos, tendo em vista que são recursos destinados à fazer frente as obrigações do Estado com a Sociedade”, explicou. 

Proposta - Ao longo de sua explanação, Meinen falou ainda sobre as vedações e permissões às cooperativas e apresentou propostas sobre o que precisa ser feito no âmbito regulatório a fim de que seja permitido o acesso às disponibilidades de caixa por bancos privados e cooperativas de crédito. Segundo Meinen, uma das soluções seria o legislador regular adequadamente a ressalva de que trata o §3º, do art. 164 da CF/88, estabelecendo critérios que assegurem as cautelas necessárias à administração desses recursos. 

Restrição - No caso particular das cooperativas de crédito, ele sugeriu ainda que fosse discutida pelo setor a restrição (associativa) de que trata o parágrafo único do art. 4º da LC 130/2010. O advogado Rodrigo Pagani de Souza também defendeu a ampliação de acesso às disponibilidades. Segundo ele, o depósito das disponibilidades de Estados, Distrito Federal e Municípios pode ser feito em instituições financeiras privadas, desde que exista uma lei ordinária do ente da federação titular dos recursos que autorize e seja observado o processo licitatório. “Esses dois requisitos fundamentais têm que ser atendidos, sob pena de serem estabelecidos privilégios injustificáveis”, afirmou o advogado.

Diálogo - Atento às discussões esteve o superintendente do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos. “Os debates de hoje foram muito importantes, em especial para as cooperativas, pois permitiu o diálogo e a construção de mecanismos de segurança para o cidadão”, destacou. “O evento superou as expectativas e atingiu o seu objetivo principal, de discutir grandes questões nacionais à luz da Constituição Federal”, concluiu. (Informe OCB)