EDUCAÇÃO: Pais, professores e funcionários administram Cooperativa Educacional Coopermundi, no Sudoeste

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Pais de alunos, professores e funcionários de uma antiga escola particular, mantida pela igreja católica em Dois Vizinhos, no Sudoeste do Paraná, encontraram uma solução criativa e promissora para dar continuidade à educação de crianças, adolescentes e jovens do município quando a escola anunciou o fim das atividades. Em novembro de 1997, decidiram fundar a Cooperativa Educacional Coopermundi.

Expansão - Além de vencer o desafio de assumir a gestão da escola, atividade com a qual não eram habituados, pais, professores e colaboradores conseguiram ir além e expandiram a atuação. Em 1997, eram 220 alunos, hoje são 659. A cooperativa oferece todos os níveis da educação básica, desde o pré-infantil, com crianças a partir de 1 ano e meio, até o pré-vestibular, passando pelo infantil, fundamental 1 e 2, ensino médio, ensino técnico e o preparatório para o vestibular.

Idealismo - “Foi o idealismo de proporcionar educação de forma coletiva, com a participação de todos, e dar continuidade a um projeto que não poderia acabar que nasceu a Coopermundi”, conta Édson Bertoldo, diretor pedagógico da escola. Compõem o quadro de sócios os pais de alunos, professores e funcionários. São atualmente 577 cooperados.   “Tem sido uma experiência muito interessante poder contar com a comunidade da qual fazemos parte na gestão. É algo que deu muito certo, desde o início”, destaca Bertoldo. 

Ensino de qualidade - Segundo o diretor, o objetivo é oferecer um ensino de qualidade a todas as crianças, adolescentes e jovens filhos dos cooperados. “Convidamos a comunidade a se associar e trazer seus filhos para estudar conosco”, conta Bertoldo. As aulas são 100% presenciais, complementadas com os recursos tecnológicos. O valor da mensalidade e dos materiais escolares é cerca de 20% a 25% inferior comparativamente a escolas particulares da região que têm a estrutura e oferecem o mesmo padrão de ensino. “Pode ser menor porque por se tratar de uma cooperativa a escola não visa lucro”, explica o diretor. “A escola busca, sim, ter sobras para reinvestir na estrutura e cada vez mais oferecer melhores condições para os alunos”. Como cooperativa educacional, a Coopermundi integra o ramo Consumo do cooperativismo. No Paraná, são três cooperativas educacionais em atuação.

Assembleia - Em recente assembleia, que contou com a participação do superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, foi validada a necessidade de se buscar cada vez mais a estabilidade da cooperativa. Ficou definido que os novos investimentos serão feitos a partir do planejamento estratégico, estabelecendo que, mesmo pequeno, o resultado da cooperativa será destinado a investimentos.  A Coopermundi está encerrando um ciclo de planejamento que durou cinco anos e vai dar início a um novo este ano. Na foto, a equipe da Coopermundi, Alexandra Miotto (Vice-diretora Pedagógica), Fabiula Dalpasquale (Ex-diretora), Édson Bertoldo (Diretor Pedagógico), João Carlos Machado Fortes (Presidente), Carlos Estivalet Junior (Diretor Administrativo) e o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, no dia da Assembleia Geral. 

 

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