COCAMAR: Produtor faz da lavoura um bom negócio

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"Quando me disseram que era possível obter esse nível de produtividade de café e qualidade, duvidei, mas resolvi fazer uma experiência em um hectare. Quando vi resultado, não só ampliei o mesmo tratamento para toda área como aumentei a área de plantio." A afirmação do cooperado e cafeicultor Hilário Luvizotto, de Mandaguaçu, demonstra a empolgação de quem tem colhido uma média de 38 a 40 sacas beneficiadas por hectare nos últimos três anos. Recentemente, ele faturou o primeiro lugar no Concurso de Qualidade de Café promovido pela Cocamar.

Crescimento na produtividade - Luvizotto possui 23 mil pés de café em produção, em cinco hectares, plantados há seis anos, e mais 12 mil pés de um ano, em três hectares, lavouras cultivadas com as variedades tupi sachimor e catucaí no espaçamento semi-adensado. As produtividades obtidas atualmente nem podem ser comparadas com as 10 a 12 sacas por hectare que Luvizotto conseguia no ano de boa produção. "Quando terminava a colheita, o café ficava ‘pelado' e no outro ano não produzia quase nada. Agora, chega com tanto vigor na colheita que mesmo após, ainda está bonito, cheio de folhas, produzindo bem no outro ano também", conta o produtor que chegou a pensar seriamente em derrubar todo o café.

Cuidados - O segredo começa com uma boa adubação, revela Luvizotto, que vem seguindo todas as recomendações dos técnicos da Cocamar há três anos. Em vez de usar apenas 500 quilos do adubo 20-05-20 por hectare em três etapas, hoje aplica 1.400 quilos por hectare da mesma formulação em quatro aplicações, considerando a análise do solo e a demanda da planta, de acordo com a produtividade que deseja obter na próxima safra. "Não se pode adubar apenas para manter a planta. Tem que sobrar para que os ramos cresçam e a planta produza mais no próximo ano", diz.

Controle - As pulverizações feitas antes para controle de pragas e doenças não eram tão efetivas quanto a aplicação hoje feita via solo, que custa um pouco mais, mas que, segundo o produtor, compensa muito mais considerando o custo benefício, a praticidade e a eficiência. Só o controle da broca é via pulverização. A arruação foi abolida porque além de cortar as raízes do pé de café, deixando a planta mais suscetível a estiagem, retirava a cobertura de folhas secas que garantiam maior umidade para a planta e um "adubo" extra, além de proteger o solo da ação do sol e da chuva.

Práticas modernas - Outra prática abolida foi a derriça no chão. A colheita passou a ser feita no pano e de forma seletiva, em duas etapas, para garantir a colheita de o máximo de grãos cereja. Tudo que cai no chão é varrido, secado e entregue separado. O terreirão foi substituído pelo terreiro suspenso, evitando-se impurezas. Aumentou também o cuidado com a secagem do café, movimentando bem para não deixar esquentar e fermentar, além de garantir uma secagem por igual.

Qualidade - "Antes só conseguia café duro riado ou rio. Hoje, bebida dura, tipo 6 com grãos maiores e com um mínimo de defeito", se orgulha o produtor. Ele confessa que se já estava feliz com a produtividade e qualidade que vinha obtendo, agora com o reconhecimento com o primeiro lugar em qualidade, a satisfação é ainda maior. "Existem muitos bons produtores na região. Não esperava ser o primeiro colocado". (Imprensa Cocamar)

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