AGROINDÚSTRIA: Corol Beef deve iniciar abates no Paraná em 2008

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A Corol Beef, joint venture entre a cooperativa paranaense Corol e o americano GPG - Global Protein Group, deve iniciar a construção de sua unidade de abate de gado e de industrialização de carne a partir do próximo ano em Rolândia, norte do Estado. A previsão é do vice-presidente e diretor industrial da Corol, Antônio Sérgio de Oliveira, que falou sobre o projeto ontem na Feicorte, feira do segmento realizada na capital de São Paulo. "Estamos esperando o OK das instituições financeiras", afirmou Oliveira Segundo ele, atualmente a empresa busca recursos junto a agentes como o BNDES para financiar a construção do frigorífico. O investimento previsto é de R$ 116 milhões, em quatro anos, e a Corol Beef espera financiar todo o montante. "Estamos esperando o OK das instituições financeiras", disse.

Abates - Se esse cronograma se confirmar, o abate começará em 2008. No primeiro ano, segundo Oliveira, serão abatidos 750 animais por dia. Quando chegar à capacidade total, a Corol Beef deverá abater 2 mil animais diariamente. De acordo com Oliveira, operando a plena capacidade a planta fará o faturamento da cooperativa dobrar. Em 2005, a receita da Corol foi de R$ 700 milhões. O vice-presidente afirmou que 90% da produção da Corol Beef deve ser destinada à exportação para mercados como Israel, Ásia e Europa. A empresa também deve vender carne industrializada aos EUA. Antônio Sérgio de Oliveira disse que o ressurgimento da febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná não adiou o cronograma da joint venture. O projeto prevê que os cooperados da Corol - que tem hoje como principal negócio os grãos - serão os fornecedores de gado para abate. Já há 505 pecuaristas cadastrados num total de 7.500 cooperados. "Trabalharemos num sistema de produção integrado e todo o gado será rastreado". A Corol também atua em café, suco de laranja e usina de açúcar e álcool. De acordo com Oliveira, os pecuaristas estão situados no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, todas regiões de atuação da cooperativa.

Parceria - Na parceria entre Corol e GPG, a cooperativa será encarregada da área de produção. Todos os produtores participarão do resultado do frigorífico proporcionalmente ao volume de animais entregue para abate, explicou. Segundo Oliveira, o grupo americano GPG pertence a uma família de pecuaristas. Eles também atuam na distribuição de carne e têm frigorífico no Uruguai. Há cerca de cinco anos a cooperativa começou a buscar um parceiro para construir um frigorífico e agregar valor à produção de seus cooperados. Chegou a negociar com um grupo canadense, mas o surgimento da doença da "vaca louca" no país travou as conversações. Então, apareceu o grupo americano. A Corol Beef é uma S/A de capital fechado e os dois parceiros têm, cada um, participação de 50%. Além da unidade industrial, a empresa contará com estrutura para confinamento para o gado. (Valor Econômico)

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