SAFRA: Estiagem no Paraná afeta safrinha de milho e trigo

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A falta de chuva no Paraná, o maior produtor brasileiro de trigo, pode comprometer as safras desse cereal e do milho safrinha. Segundo o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), não chove há 40 dias naquele estado, o que não é natural para o período. "Se não chover nesta semana a situação dessas duas culturas pode ficar complicada", enfatizou o agrônomo e assessor econômica do sindicato, Robson Mafioletti.

Trigo - O fenômeno climático pode inviabilizar o plantio do trigo em regiões onde a semeadura aconteceria agora, segundo o analista da Safras & Mercado, Elcio Bento. "Nas regiões Centro-Sul e sudoeste do Paraná os triticultores que ainda não plantaram o trigo estão com dificuldade de fazer a semeadura pela falta de umidade no solo. E em algumas áreas da região norte, a falta de chuva está prejudicando as lavouras que já foram plantadas", complementa o analista.

Avaliação - Segundo o agronômo da Ocepar, choveu nesta semana na região sudoeste do Paraná, mas na região norte, que abrange cidades como Maringá, Londrina e Cornélio, principais produtoras de trigo e milho safrinha ainda não houve chuva. Por enquanto, o analista da Safras & Mercado aposta em uma produção de 2,1 milhões de toneladas de trigo naquele estado. "Mas se o clima seco se mantiver, teremos que revisar essa estimativa para baixo'', avalia. "Pois, se não chover logo, esse fenômeno poderá trazer perdas mais significativas na produtividade do trigo", diz Bento.

Produção - Citando dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), o agronômo do Ocepar informou que a safra de trigo será de 2 milhões de toneladas em uma área de 848 mil hectares, 11% mais que a anterior. A produção do milho safrinha também poderá cair. "Se chover nesta semana ficará em cerca de 5 milhões de toneladas estimadas pela Seab. Mas se a chuva demorar os números ficarão menores", analisou Mafioletti. Do total previsto, 30% já foram colhidas. A previsão inicial era de 5,9 milhões toneladas de milho, mas caiu para 5 milhões devido à geada em maio. (Gazeta Mercantil) 

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