PREÇOS II: BC prevê inflação 'próxima a zero'

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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, previu nesta segunda-feira (30/05) que a inflação vai ficar "próxima a zero nos próximos dois a três meses". O motivo, diz, é a tendência já demonstrada de "inflexão" dos preços dos alimentos. "A tendência é de acomodação", disse. Para Mendes, a pressão dos alimentos foi responsável por acelerar a inflação desde o final de 2010 em razão da alta dos preços internacionais das commodities. Tal tendência, porém, já mostra uma "dinâmica" diferente, segundo Mendes. Isso, diz, já mexeu com as expectativas futuras de inflação e levou analistas a estimarem taxas mais baixas do que há alguns meses.

Preocupação - Cresce preocupação de consumidor com preçosSegundo Mendes, o principal instrumento para conter a demanda - e consequentemente a inflação - é a taxa de juros. As chamadas medidas macroprudenciais são expedientes "adicionais" e têm como objetivo primeiro "controlar o mercado de crédito", com mecanismos como compulsórios mais elevados. Tais medidas, porém, "ajudam também a controlar a demanda".

 

Previsão do PIB - O Ministério da Fazenda reduziu a estimativa de crescimento do PIB deste ano de 5% para 4,5%, segundo publicação bimestral do boletim "Economia Brasileira em Perspectiva". A publicação é referente aos meses de janeiro e fevereiro. A redução fica em linha com a previsão divulgada pelo Ministério do Planejamento em 20 de maio. No entanto, segundo o Banco Central, o PIB deve ficar em 4%.Segundo o relatório, após o crescimento de 7,5% em 2010, o ano de 2011 iniciou-se com ajustes na política econômica visando à acomodação do ritmo de atividade econômica a taxas de crescimento sustentáveis e à convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2012.

 

Estímulos - Em 2010, o governo iniciou a retirada de estímulos adotados para enfrentar a crise nas políticas fiscal e monetária. "Como resultados dessas medidas, a economia brasileira cresceu abaixo do seu potencial nos últimos dois trimestres do ano passado e deve continuar desacelerando em 2011, fechando o ano com expansão de 4,5%", ressalta o boletim.

 

Primeiros dados - Para o ministério, os primeiros dados de 2011 sobre a atividade econômica ainda não mostram de maneira clara o ritmo dessa desaceleração esperada, por causa das defasagens envolvidas nas medidas adotadas e também em virtude das mudanças estruturais em andamento na economia brasileira. Na sexta-feira (03/06), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado do PIB do primeiro trimestre. Segundo o mercado financeiro, a estimativa é de que o crescimento no período seja de 1,4%, ante os 0,7% registrado no último trimestre de 2010. (Folhapress)

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