Na próxima semana dois técnicos do Sescoop Paraná iniciam, na Camdul (Dois Vizinhos), um trabalho visando readequar o projeto do Recoop dentro da nova situação econômica e de apoio do quadro social da cooperativa. Essa readequação foi estudada em reunião realizada recentemente entre a diretoria da cooperativa, o gerente da agência local do Banco do Brasil com o presidente e o diretor executivo da Ocepar. Nesta semana o gerente de Autogestão e Desenvolvimento do Sescoop, Juacir J. Wischneski esteve em dois vizinhos para levantar mais informações sobre a cooperativa e, no seu retorno a Curitiba se encontrou com os coordenadores do Recoop na Superintendência do Banco do Brasil para entendimentos sobre a readequação. Diante do apoio oferecido pelo banco, a Ocepar decidiu iniciar o trabalho já a partir da próxima semana. Wischneski explicou que a cooperativa, que já obteve alguns recursos do Recoop, agora está preparada para realizar uma reestruturação mais completa, com total apoio do quadro social.

Representantes de 19 cooperativas agropecuárias do Paraná, acompanhadas pela Ocepar, estiveram reunidos no último dia 22, em Maringá, com diretores e conselheiros do Crea-PR, para debater as ações de fiscalização sobre conservação de solos que vêm sendo promovidas pela entidade desde o início do ano. Ao final da reunião, as cooperativas encaminharam ao Crea-PR, através da Ocepar, um documento contendo sugestões de mudança no processo de fiscalização mediante o compromisso do conselho de que serão apreciadas e discutidas na próxima reunião da Câmara Especializada de Agronomia, a realizar-se no próximo dia 13, em sessão pública. As cooperativas que desejarem obter uma cópia do documento poderão solicitá-la à Gerência Técnica e Econômica da Ocepar .

O ministro da Agricultura da França, Jean Glavany, vai anunciar um pacote no valor de 1,2 bilhão de francos (US$ 168 milhões) para ajudar os fazendeiros mais atingidos pela crise da vaca louca, disse o jornal La Tribune. O dinheiro deve ser oferecido para cerca de 40 mil fazendeiros que viram seus rendimentos caírem quando os consumidores pararam de comprar carne por medo que ela esteja contaminada com a encefalopatia espongiforme bovina (BSE), ou ?vaca louca?. Sob fortes pressões dos pecuaristas franceses, o ministro disse há duas semanas que iria pressionar a União Européia (UE) para que garantisse ajuda direta aos fazendeiros que mais foram atingidos pela crise. A venda de carne em toda a UE caiu cerca de 30% como resultado da crise que começou em outubro passado. Mais de 80 pessoas na Grã-Bretanha e duas na França morreram até agora da forma humana da BSE.

O Comitê de Autogestão está preocupado com a qualidade e responsabilidade das auditorias internas e externas executadas nas cooperativas. A auditoria de gestão foi um dos temas das discussões dos técnicos do comitê, em sua reunião em Curitiba. A idéia, afirma Luiz Carlos Colturato, é realizar um trabalho de assessoria e capacitação para que todos os auditores de cooperativas atuem dentro do enfoque da auditoria de gestão, analisando não apenas o momento financeiro da empresa cooperativa, mas fazendo uma avaliação do ponto de vista da eficiência empresarial. Não se quer ver a situação do momento, mas fazer um trabalho preventivo, analisando as tendências do negócio. Para isso será necessário estabelecer um programa de capacitação dos auditores. O Comitê de Autogestão deverá estabelecer normas para o controle da qualidade das auditorias.

A Coamo fechou o ano com um faturamento de R$ 1 bilhão e 200 milhões e sobras líquidas de R$ 40 milhões. Esses números foram apresentados pelo presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini, à AGO realizada na última sexta-feira, que contou com a presença do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. O faturamento subiria alguns milhões se a produção não tivesse sido afetada pela estiagem e geadas. Do total das sobras líquidas foram deduzidos os fundos, sobrando R$ 17 milhões para distribuição aos cooperados. Em dezembro último a Coamo já havia antecipado aos cooperados parte das sobras, no valor de R$ 6 milhões. O presidente da Ocepar também participou, pela manhã, da reunião das lideranças da cooperativa com a diretoria.

A unidade industrial de aves da Cotrefal, que começou o abate comercial em setembro de 1999, já está exportando frangos também para a Europa. Ela foi habilitada pelas autoridades da União Européia no último dia 15. Ainda neste mês seguem 250 toneladas de pés, moela, fígado e asa para Hong Kong e Rotterdam. Também estão contratadas 280 toneladas para a Alemanha. No ano de 2000 o abate médio da Unidade foi de 110 mil aves por dia, das quais 93,17% em cortes, 2,98% temperadas, 0,80% desossadas. Da produção do ano passado, 98,74% foi destinada ao mercado interno e 1,26% ao mercado externo.

Em reunião realizada em São Paulo na semana passada, as assessorias jurídicas das organizações estaduais de cooperativas decidiram criar uma cartilha que orienta a análise para registro de novas cooperativas. O objetivo é padronizar procedimentos a fim de acabar com a possibilidade de cooperativas fraudulentas entrarem no sistema. Os procedimentos da Ocepar (norma 008), considerados bastante eficazes para evitar essas cooperativas, servirão de base para a nova cartilha. No encontro foi aventada a possibilidade de estender a outros Estados o Programa de Apoio Integral às Pequenas Cooperativas (Procoope), implantado com sucesso no Paraná.

A Ocepar entregou ao secretário da Fazenda Ingo Hüjbert um documento que faz uma análise da cobrança do ICMS sobre os produtos agropecuários e apresenta várias sugestões que visam manter a competitividade das cooperativas no mercado. O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, solicitou que o secretário marcasse uma reunião para análise mais detalhada do documento, com a concordância imediata do secretário.

Segundo a Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público do Estado do Paraná, a responsabilidade pelo recebimento e destinação final de embalagens de agrotóxicos é exclusiva de comerciantes e fabricantes, não cabendo ao Estado investimentos neste sentido. A Ocepar vem realizando gestões junto aos secretários da Agricultura e do Meio Ambiente para obter uma definição para o problema. Quanto ao licenciamento ambiental de caminhões e caçambas removíveis para este fim, a Ocepar encaminhou sugestão ao IAP, que a transformou em norma de licenciamento, porém ainda não aprovada pela comissão normativa. Na prática, isso sugere que as cooperativas devem ter cautela, aguardando a análise e provável aprovação. No início de março a Ocepar estará promovendo reunião com os departamentos técnicos das cooperativas e SEAB para o esclarecimento de dúvidas sobre o assunto e para a apresentação de estudo de viabilidade econômica da utilização de caminhões em substituição a postos fixos de recebimento.

A diretoria da Ocepar realiza nesta quarta-feira a primeira reunião deste ano. O secretário da Fazenda Ingo Hübert é o convidado da diretoria para discutir assuntos de interesse das cooperativas paranaenses.

O secretário dos Transportes, Nelson Justus, recebeu os representantes paranaenses dos caminhoneiros que fecharam as rodovias na semana passada. Não prometeu nada. Apenas convidou as lideranças do Movimento União Brasil Caminhoneiro para o Fórum dos Secretários de Transportes a ser realizado no final deste mês. As lideranças não descaram o reinício da greve.

Com o objetivo de promover o fortalecimento no mercado e reduzir custos, algumas Unimeds que atuam na fronteira entre os estados do Paraná e Santa Catarina decidiram realizar fusões ou incorporações. É o que aconteceu em Rio Negro, Mafra e região, onde foi criada recentemente a Unimed Rio-Mafra; e nos municípios de União da Vitória e Porto União surgiu a Unimed Vale do Iguaçu, atendendo os dois Estados. Segundo o superintendente da Federação das Unimeds do Paraná, Manoel Almeida Neto, a fusão ocorreu porque as cooperativas atuavam ultrapassava as fronteiras e a melhor alternativa para solucionar o problema foi a fusão. As Unimeds Rio-Mafra e Vale do Iguaçu são filiadas às Federações dos dois Estados como prestadoras e não como operadoras. Além disso, têm a mesma tabela de preços. Segundo Almeida Neto, a parceria está dando certo e poderá servir de exemplo para outras singulares localizadas em regiões de fronteira. Com todas estas transformações o Paraná conta atualmente com 22 singulares, contra 24 em 1999.

Vários veículos da imprensa procuraram insistentemente a Ocepar, ontem, para saber das conseqüências da doença da vaca louca na exportações paranaenses de carne. A rádio França Internacional deslocou ao Brasil dois jornalistas, que procuraram a Ocepar para fazer reportagens com cooperativas que produzem ?farinha vegetal? (farelo de soja) exportada para a União Européia, especialmente para a França para alimentar o gado. A Ocepar foi incisiva em garantir que a ?farinha vegetal? é produzida somente com soja. A jornalista Anail Antonia, da rádio França Internacional, fez contatos com algumas cooperativas para saber das condições da produção do farelo de soja.

A União Européia e Japão estão articulando uma nova rodada global de negociações comerciais em novembro, dentro da Conferência Interministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), no Catar. Na semana passada a União Européia reuniu 17 países influentes na OMC, entre os quais Japão, Austrália, Brasil e Índia, para discutir uma abordagem mais flexível da agenda. A renegociação de acordos antidumping e subsídios que afetam os países em desenvolvimento, como Brasil, foi prometida pela UE.

Encerrou ontem a reunião do Comitê Técnico da Organização Internacional de Epizootias ? OIE, na qual, foi aprovado o Estado do Mato Grosso do Sul como área livre da febre aftosa. O Ministério da Agricultura já aprovou, todavia, é preciso reconhecimento internacional da OIE. Com essa aprovação as barreiras sanitárias entre os Estados vizinhos ao Mato Grosso do Sul serão liberadas. Essa decisão será submetida ao Conselho da OIE em maio, mas desde já, a medida é válida.

Os Países produtores de café voltaram a se comprometer com a manutenção da retenção de 20% das exportações do produto, mantendo a aposta na medida como forma de puxar para cima os preços do café. A única novidade apresentada ontem na reunião da Associação dos Países Produtores de Café (APPC) foi a criação de um grupo especial para estudar o desajuste entre oferta e demanda no mundo. O Presidente da APPC prometeu também que será contratada uma consultoria para fiscalizar os estoques dos Países que aderiram ao plano.

Os números de produção de café no mundo não são animadores para os políticos e dirigentes reunidos em Londres para discutir o futuro dos preços.A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou sua estimativa mundial de produção mostrando que a safra de café 2000/01 vai recuar 1%, ficando em 112,9 milhões de sacas. Mas o consumo mundial também cai 1%, não passando de 102,2 milhões de sacas. A reunião dos Paises Produtores de Café (APPC) começa hoje e deve confirmar a manutenção do plano de retenção de café, possivelmente com alguns ajustes (como as cotas) para forçar a alta dos preços no mercado internacional. Vietnã, Indonésia, Índia e El Salvador já indicaram, junto com o Brasil e Colômbia, que pretendem manter o plano.

Os caminhoneiros devem parar no próximo dia 29. Distribuidoras de combustíveis, transportadoras e empresas já começam traçar seus planos, pois a greve deverá demorar alguns dias, principalmente por que os postos de combustíveis decidiram suspender a compra de combustíveis a partir do dia 29, pois querem aumentar suas margens. As reivindicações dos caminhoneiros são as seguintes: a) suspensão da cobrança do pedágio até que seja resolvido o problema do vale-pedágio, pois alegam que as empresas fornecem o vale, porém descontam do valor do frete; b) tabela de frete para o caminhoneiro autônomo na base de 14% do preço do diesel; c) isenção do imposto de importação por 36 meses para compra de equipamentos para rastreamento via satélite e, d) criação de uma comissão interministerial com a participação do Movimento União Brasil Caminhoneiros.

Regras e montante de recursos oficiais destinados à comercialização da safra 2000/2001 deverão ser definidas ainda esta semana. O Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Marcio Fortes, afirmou ontem que as normas para apoiar a comercialização da safra de grãos estão previstas para serem apreciadas na reunião de amanhã do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Está confirmada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro paralisação nacional para o dia 29 de janeiro, por período indeterminado, em protesto contra os preços elevados dos pedágios e dos combustíveis. A orientação da entidade, que congrega caminhoneiros de vários Estados do país é para os motoristas estacionarem os caminhões nos acostamentos e nos postos de gasolina das principais rodovias.