ENCONTRO DE NÚCLEOS II: Planejamento estratégico deve captar os desejos e necessidades do consumidor, diz professor
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Durante o Encontro de Núcleos Cooperativos do Centro-Sul, na manhã desta segunda-feira (08/11), o professor da Universidade Mackenzie, Pedro Martins, ministrou a palestra “Estratégia de Desenvolvimento no Cenário Global”. Doutor em Administração pelo Instituto Universitário de Lisboa e Mestre em Psicologia Organizacional pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Martins realiza, há mais de 40 anos, consultorias em 26 países, tendo lecionado em 16 universidades de cinco continentes. “O setor cooperativista é um exemplo para toda a economia brasileira. Os temas globais que trato em palestra tem por objetivo servir de inspiração para a melhoria do desempenho das cooperativas do Paraná”, disse.
BANI - Segundo o professor, o mundo atual pode ser definido como quebradiço, ansioso, não linear e incompreensível, o chamado BANI, em sua sigla em inglês para brittle, anxious, non-linear e incomprehensible. “É um mundo caracterizado pela fragilidade. Neste contexto, as estratégias de desenvolvimento já não podem mais apenas seguir as tendências do passado. Nesta realidade disruptiva, a estratégia tem que planejar o futuro baseado na interpretação dos desejos e necessidades de consumidor”, explica.
ESG e intercooperação - Na visão de Martins, novos estilos de vida pressionam por transformações em todos os setores da sociedade, com os consumidores preferindo consumir produtos de empresas que tenham propósitos de ESG (Ambiental, Social e Governança). “Existem três vetores para a adaptação ao mundo BANI: desenvolvimento das pessoas, da tecnologia e a aplicação da responsabilidade social e ambiental. É a economia colaborativa, que as cooperativas já praticam. As alianças estratégicas entre concorrentes, que, numa determinada circunstância podem ser parceiros, em outras, fornecedores, está focada na partilha de bens e serviços”, frisou. “É a economia do nosso tempo (a economia colaborativa), e a cooperação entre cooperativas deve ser um objetivo estratégico do setor”, ressaltou.