CICLO DE PALESTRAS II: Ivo Carraro propõe intercooperação entre as empresas
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{gallery}noticias/2011/Outubro/11/2011101115110/{/gallery}O diretor executivo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) propôs maior cooperação entre as empresas nacionais de pesquisa para enfrentar os desafios da atualidade e atingir maior competitividade. Sua proposta foi apresentada no painel realizado no Ciclo de Palestras, na sede da Ocepar, nesta segunda-feira (10/10), logo após a palestra do presidente da Embrapa, Pedro Arraes. As discussões foram mediadas pelo presidente do Iapar, Florindo Dalberto. Também participaram do painel o presidente da Apasem, Marcos Trintinalha, o presidente da Fundação Meridional, Almir Montecelli, e o chefe da Embrapa Soja, Alexandre José Catelan.
Globalização - “Não só o Brasil, mas todos os países do mundo estão vivendo a globalização também na área de tecnologia. E as empresas globais tem um processo de pesquisa que, embora seja mais recente na área de genética, é feito com material genético composto por uma quantidade maior de origens. Dessa forma, elas tem uma variabilidade maior e contam com processos modernos. O que nós temos que fazer diante disso: a mesma coisa. Mas como nós não podemos fazer isso sozinhos, em função do poder econômico, que no nosso caso é menor, minha sugestão é que nós façamos isso de maneira mais interativa”, afirmou
Fase pré-competitiva - De acordo com Ivo, a colaboração entre as empresas pode acontecer na fase pré-competitiva, como já é feito com as empresas multinacionais. “Mas temos feito muito pouco entre as empresas nacionais. A intercooperação proporciona um crescimento, uma evolução mais rápida de processos, de métodos e até de produtos. E depois, cada empresa entra com o seu produto no mercado num patamar mais equilibrado”, explicou. “A parceria hoje é um processo normal. É necessário encontrar os meios. Se a empresa é pública, ela tem que encontrar os meios para isso. O mesmo acontece em relação às empresas privadas ou cooperativas. A minha proposta é que a gente interaja mais para que nós não fiquemos, no Brasil, utilizando apenas produtos que venham de empresas globais. Nós temos que participar do processo”, ressaltou ainda.
Exclusão – Na avaliação do diretor executivo da Coodetec, a união entre as empresas de pesquisa pode assegurar a permanência no mercado. “Se nós não seguirmos o avanço tecnológico no desenvolvimento de produtos, nos métodos e na base genética, nós não vamos ter produtos competitivos e, consequentemente, estaremos fora do mercado. E se estivermos fora do mercado, se formam oligopólios, se reduz o número de ofertantes e isso não é salutar para o mercado, nem para as empresas, nem para o agricultor. Então, essa é a proposta que eu deixei aqui hoje, para que haja uma abertura maior de todas as empresas e também coloco na mesa a minha empresa para que a gente possa discutir melhor essa questão do pré-competitivo”, afirmou.