TRANSGÊNICOS: Avaliações de risco garantem segurança

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Somente a partir das avaliações de risco de impacto ambiental é que a sociedade terá condições de avaliar e usufruir os produtos da biotecnologia com a segurança desejada. A afirmação é da engenheira agrônoma Luciana Di Ciero, pesquisadora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e conselheira do CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia). Luciana faz pesquisas científicas com árvores geneticamente modificadas no interior de São Paulo e acredita que os transgênicos “devem ser avaliados e usados de acordo com regulamentação de base cientificamente”.

Segurança - Segundo a pesquisadora, as análises de risco ambiental são extremamente necessárias para a utilização segura dos organismos geneticamente modificados (OGMs). “Elas (análises) são necessárias para minimizar a possibilidade de efeitos ecológicos indesejados, como o surgimento de pragas mais rigorosas, a influência em espécies não-alvo (organismos do solo, insetos, pássaros e outros animais) ou as mudanças na diversidade genética dentro de espécies”, explica Luciana. “A partir destes estudos dos impactos das OGMs a sociedade terá condições de avaliar e usufruir os produtos da biotecnologia com a segurança que deseja”, enfatiza.

Vantagem - Para a pesquisadora, a principal vantagem do OGM é a possibilidade de um monitoramento mais preciso dos processos de melhoramento genético, o que causa benefício significativo para todos os sistemas agrícolas e, em conseqüência, ao meio ambiente. Entre os pontos favoráveis, Luciana destaca a redução da poluição de solos e águas pela redução de uso de defensivos agrícolas ou pela substituição por agroquímicos menos tóxicos para o meio ambiente; a possibilidade de uso do plantio direto tendo como conseqüência dessa técnica menos erosão do solo; menos infiltração de fertilizantes e/ou pesticidas; preservação da biodiversidade dos campos agrícolas pela redução do uso de inseticidas de amplo espectro; possibilidade de cultivo de plantas transgênicas em terras marginalizadas.

Plantio - Conforme Luciana, o agricultor tem inúmeras vantagens com o cultivo de ogms. “Aumento da produtividade, a redução dos custos de produção, controle efetivo de pragas e doenças, controle eficiente de ervas daninhas e simplificação do manejo”, destaca. “As plantas transgênicas resistentes a pragas e tolerantes a herbicidas contribuíram para a diminuição drástica dos casos de intoxicação em regiões onde elas são cultivadas”, relata. “Nos últimos dez anos, a área com cultivo de plantas GM aumentou de praticamente zero para aproximadamente 80 milhões de hectares. Atualmente, 56% da soja e 28% do algodão plantado no planeta são geneticamente modificados”, conclui.

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