Importância do cooperativismo para pequenos produtores é tema de palestra da Cocamar no Fórum Agronegócios LIDE Paraná

Com o tema "O Cooperativismo é o caminho para os pequenos produtores”, o gerente de Cooperativismo e Experiência do Cliente da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, João Sadao, foi um dos palestrantes do Fórum Agronegócios LIDE Paraná, promovido na quarta-feira (20/08) na Capela Santa Maria, em Curitiba.

Organizado pela LIDE Paraná, o evento reuniu lideranças do agronegócio e do cooperativismo estadual, autoridades e um público formado por especialistas em diferentes segmentos, oportunidade em que foram debatidos temas como tarifas e novos mercados para o agro paranaense, a força e as oportunidades no cooperativismo, inteligência artificial no agro, sucessão familiar, sustentabilidade na integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e energia no campo.

Em sua apresentação, Sadao explicou que os pequenos produtores (com áreas de até 50 hectares) representam a maioria do quadro de associados da Cocamar, formado por mais de 20 mil integrantes, para os quais o sistema cooperativista assegura apoio logístico, comercial e técnico, proporcionar escala, segurança, representatividade e retorno de resultados.

No exercício 2024, em que a cooperativa faturou R$ 13,2 bilhões, foram distribuídos a título de sobras R$ 122,6 milhões aos cooperados, de acordo com a participação de cada um.

Mantendo operações nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, a Cocamar atua no recebimento de produtos (soja, milho, trigo, café e laranja), comercialização de insumos agropecuários e possui um diversificado parque industrial com extensa linha no mercado de varejo, como óleos vegetais, cafés, bebidas à base de soja, néctares de frutas, maioneses, catchup, mostarda, farinha de trigo e álcool doméstico.

Entre os desafios mencionados pelo palestrante está a média de idade dos cooperados, de 60 anos, estimando que nos próximos dez anos 40% das propriedades terão que passar por um processo de sucessão, o que demanda o envolvimento da família no negócio e a adequada preparação dos sucessores.

Segundo Sadao, embora com pontos favoráveis, como o avanço tecnológico, que tornou o trabalho mais atraente e facilitou a gestão, há um choque intergeracional, ao mesmo tempo em que propriedades menores terão que adotar estratégias para ampliar a renda, visto que as margens são cada vez mais apertadas e o campo está exposto a frustrações de safras, como se observou nos últimos anos.  

Quanto a sucessão, a Cocamar já conta com cerca de 9,6% de seu quadro associativo formado por produtores com idade de até 35 anos, constatando-se um crescimento da participação de jovens a cada ano, que representavam 6.6% do total em 2022. “O agro está em alta entre os jovens, que veem muitas oportunidades no setor”, completa. (Assessoria de Imprensa Cocamar)