MEIO AMBIENTE: Fiscais do IAP e madeireiros são presos em Ponta Grossa
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Dois fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e seis madeireiros foram presos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, nesta desta terça-feira (23/10), durante a operação "Floresta Negra", de policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em parceria com o IAP. Segundo informações do telejornal ParanáTV, 1ª edição, o grupo é suspeito de corrupção. Elma Nery de Lima Romano, 50 anos, ex-chefe do órgão em Ponta Grossa há cinco meses, é suspeita de ser a responsável por comandar todo o esquema. Ela está foragida, mas segundo informações da polícia, deve se apresentar ainda nesta terça-feira.
Devastação - O cumprimento dos dez mandados de prisão e de busca e apreensão iniciaram ainda de madrugada. Os policiais invadiram as casas dos suspeitos e apreenderam documentos para análise. De acordo com a secretaria estadual da Secretaria Pública, há indícios de participação de policiais militares da Força Verde, que já foram afastados daquela região e ainda estão sendo investigados. "Segundo relatório que me foi apresentado pela polícia, a mulher (Elma) seria a mentora. Eu acho que com os documentos de computadores que foram apreendidos hoje (terça-feira) é que nós teremos uma condição melhor de avaliar os papéis de cada uma dessas pessoas nesse processo", afirma Vitor Hugo Ribeiro Burko, presidente do IAP.
Esquema - Segundo o IAP, os funcionários do órgão estariam recebendo propina para liberar licenças de desmatamento e os madeireiros pagavam pela autorização do corte de árvores. Como mostra a reportagem, muitas denúncias que chegavam à sede do IAP em Ponta Grossa não eram investigadas. A suspeita é de que os fiscais cobravam para não irem atrás dos crimes ambientais. De acordo com a Secertaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), a polícia descobriu em 19 fazendas da região o corte ilegal de mais de 36 mil araucárias (27.664 m³). A devastação cometida pela quadrilha teria rendido mais de R$ 8 milhões. De acordo com a polícia, se houver a comprovação dos fatos, os fiscais e os madeireiros podem responder por formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica. (Gazeta do Povo online)