COCAMAR I: Cooperado da Cocamar organiza mutirão para limpar o Ivaí

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Preocupado em preservar o meio ambiente, o cooperado da Cocamar Antonio de Souza, dono de 17,5 alqueires em Ivatuba, na beira do Rio Ivaí, há mais de dois anos reservou a faixa de 100 metros nas margens do rio para que a mata existente no local se recompusesse. Mesmo assim, toda muda de árvore nativa que consegue arranjar, ele planta ali para enriquecer a mata que vem surgindo. Já foram plantadas mais de mil mudas.

Preocupação e tristeza - O que o preocupa e entristece, entretanto, é ver o lixo que o rio traz e deposita em toda sua margem a cada chuva. "O lixo da cidade é arrastado para o rio com a enxurrada. Também as pessoas que cruzam o rio ou que vêm passar horas de lazer às suas margens esquecem que ele tem vida e o usam como depósito de lixo jogando embalagens dos produtos que consomem", diz.

Mutirão - Desde o ano passado, Souza, sozinho em suas caminhadas pela mata ou com a ajuda do caseiro do sítio, Reinaldo, e de amigos, em mutirões constantes, começou a limpar a margem do Ivaí. Só de janeiro a abril deste ano, que não foi muito chuvoso, ele retirou cerca de 50 sacos de 60 kg de lixo. O agricultor conta que já encontrou de tudo, desde garrafas e sacolas plásticas, até sapatos e pneus.

Todos devem cuidar - "Cuidar do rio não é só responsabilidade do produtor, mas de toda a sociedade. Quando se joga lixo nas ruas e no rio, a pessoa não está somente prejudicando o meio ambiente. Isso também traz riscos para a saúde das pessoas", afirma Souza. O lixo acumulado nas margens dos rios pode se transformar em focos de proliferação do mosquito da dengue.

Conscientização - Outro ponto que para Souza necessita urgente de um trabalho de conscientização e de fiscalização contínua é a pesca predatória no Rio Ivaí. "Tem muito pescador utilizando material profissional como redes, tarrafas, espinhel e anzol de galho, inclusive no período de reprodução dos peixes. Eles armam as tralhas à noite, de um lado ao outro do rio e retiram toneladas de peixes", ressalta. Para ele é preciso que a fiscalização seja permanente e mais efetiva nos principais pontos do rio para coibir a pesca ilegal. (Imprensa Cocamar)

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