VISITA: Representante de Angola é recebido na Ocepar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Nesta segunda-feira (13/02), o diretor do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) de Angola, Miguel Pereira, acompanhado do gerente de planejamento do Senar, Henrique Mendonça, foi recebido pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e pelo superintendente, José Roberto Ricken. Segundo Pereira, o objetivo da visita é estreitar laços com as cooperativas paranaenses da mesma forma com que já vem acontecendo, há quase três anos, com a Federação da Agricultura do Paraná e com o Senar Paraná. "Através de intercâmbios entre técnicos dos dois países, procuramos capacitar nossos profissionais para que possam ajudar a mudar o perfil da agricultura em Angola. Sofremos muito com um longo período de guerra e, desde 2002, quando foi assinado um tratado de paz, o governo realiza ações para fazer com que 2 milhões e 600 mil camponeses voltem para o campo. Fugiram da guerra para os centros urbanos e causaram um grande problema social", conta.

 

Cooperativas - Com clima tropical semelhante ao do Brasil e com aproximadamente 17 milhões de habitantes, Angola, situa-se na costa atlântica Sul da África Ocidental, entre a Namíbia e o Congo. Também faz fronteira com a República Democrática do Congo e a Zâmbia, a oriente do continente africano. Possui 34 milhões de hectares cultiváveis, dos quais, apenas quatro milhões estão em produção, especialmente com mandioca, milho e feijão. "Queremos fomentar o associativismo e o cooperativismo em Angola, pois achamos que é a melhor forma de que os pequenos agricultores possam sobreviver e voltar a produzir, não só para subsistência mas para atender a demanda interna. As cooperativas no Paraná são bem estruturadas e poderiam contribuir para essa mudança em Angola", lembrou o representante do IDA.

 

Tripé - Miguel Pereira explica que a meta estabelecida pelo governo de Angola baseia-se em um tripé: primeiro, organizar de forma comunitária os produtores, dinamizar o associativismo e o cooperativismo; segundo, proporcionar aos produtores, especialmente aos pequenos, assistência técnica com a introdução de novas tecnologias, hoje muitos utilizam de equipamentos rudimentares e precisam se aperfeiçoar para ganhar escala. E o terceiro tripé é fomentar agroindústrias, com a transformação da matéria prima, agregando mais rendimento a produção agrícola do país. "Este ciclo se iniciou com uma parceria firmada como Senar Paraná, onde hoje, vários agrônomos do IDA estão participando de treinamentos aqui e levarão para Angola esse conhecimento, onde irão implanta-los. Gostaríamos de poder também contar com o apoio das cooperativas neste sentido", frisou Pereira.  Nos próximos dias deverá ser preparado um memorando, sob a coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, para que as entidades envolvidas possam contribuir para que Angola consiga superar suas dificuldades com o apoio do Brasil.

{gallery}noticias/2012/Fevereiro/14/201221416935/{/gallery}

Conteúdos Relacionados