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Veto da China: Manifestação da Ocepar repercute na imprensa nacional

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A Nota de Esclarecimento divulgada pela Ocepar na terça-feira (15), com relação a informações veiculadas na imprensa nos últimos dias de que 23 empresas brasileiras estão sendo impedidas de exportar soja para a China devido a uma suposta denúncia de contaminação, entre elas algumas cooperativas do Paraná, repercutiu nos principais, jornais e telejornais brasileiros. Através de entrevista à imprensa, o presidente do Sistema Ocepar afirmou que o veto da China à soja paranaense, deixa tanto o setor produtivo como o Governo brasileiro apreensivos, pois esta medida representa uma barreira às nossas exportações e que ocasionará sérios prejuízos a toda cadeia do agronegócio. O navio que transportou as 62 mil toneladas de soja de 15 empresas brasileiras embarcou através de cinco terminais portuários, cujos produtos não foram individualizados de modo a permitir a sua identificação.

Barreira prejudica exportações do PR – Na matéria divulgada pelo jornal Folha de Londrina desta quarta-feira, em seu texto, a jornalista Carolina Avancini relata que o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) recebeu com preocupação a notícia da suspensão temporária da importação da soja de 15 empresas brasileiras. A lista inclui cinco cooperativas paranaenses: Coamo Agroindustrial Cooperativa, Cocari Cooperativa Agropecuária e Industrial, Cooperativa Agroindustrial Lar, Cooperativa Agropecuária Castrolanda e Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil (Coopermibra). ''É uma barreira colocada ao processo comercial que prejudicará nossas exportações'', disse João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar.

Sem comunicar - As cooperativas afetadas ainda não receberam - através da trading que operou a venda - qualquer comunicado formal do governo da China sobre a suspensão. ''Vamos esperar a comunicação para adotar as medidas necessárias'', afirmou. Ele comentou que a manutenção do relacionamento com a China é importante, já que no ano passado o país importou 6,1 milhões de toneladas de soja brasileira. ''Mas o Brasil tem que ter uma postura forte, com relação à suspensão, para que não se caracterize uma barreira comercial'', disse.

Origem - O presidente da Ocepar também afirmou que não dá para identificar a origem da soja contaminada. Da carga de 62 mil toneladas de um dos navios recusados, 17 mil toneladas eram oriundas das cooperativas do Paraná. Como a embarcação foi carregada em cinco terminais portuários diferentes, o produto das várias empresas acabou misturado no interior do navio.

Dentro dos padrões - De acordo com a assessoria de imprensa da Lar, a soja da cooperativa estava dentro dos padrões exigidos pela Claspar e foi misturada ao produto oriundo de outras empresas no momento do embarque. Esse também é o argumento de Vilmar Seboldi, vice-presidente da Cocari. ''A soja é embarcada junta'', disse. As cooperativas Coamo e Castrolanda não vão se posicionar sobre o assunto até o recebimento do comunicado oficial sobre a suspensão.

Faep - Para Carlos Augusto Albuquerque, assessor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), o episódio de recusa dos navios caracteriza uma manobra da China para tentar baixar os preços da soja. ''Como eles (a China) devem ter estoque, rejeitam cargas e criam um movimento baixista'', opinou. O analista de mercado Seneri Paludo, da Agência Rural em Cuiabá (MT), afirmou que o episódio não interferiu nos preços internacionais da commodity. Ontem, a saca de soja foi vendida por R$ 50,00 no Porto de Paranaguá, com alta de R$ 0,50 em relação ao dia anterior. A causa do aumento, segundo ele, é a baixa oferta do produto nos Estados Unidos.

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