Veto da china à soja paranaense: Nota de esclarecimento
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Conforme informações veiculadas na imprensa nos últimos dias de que 23 empresas brasileiras estão sendo impedidas de exportar soja para a China devido a uma suposta denúncia de contaminação, entre elas algumas cooperativas do Paraná, o Sistema Ocepar vem a público esclarecer e afirmar que tal fato deixa tanto o setor produtivo como o Governo brasileiro apreensivos, pois esta medida representa uma barreira às nossas exportações e que ocasionará sérios prejuízos a toda cadeia do agronegócio.O navio que transportou as 62 mil toneladas de soja de 15 empresas brasileiras embarcou através de cinco terminais portuários, cujos produtos não foram individualizados de modo a permitir a sua identificação. Salientamos de que as cinco cooperativas paranaenses relacionadas utilizam processos de assistência técnica, através do qual a produção é acompanhada tecnicamente em todo o processo produtivo, assegurando assim qualidade e sanidade do produto. Algumas destas sociedades cooperativas já possuem sistema de rastreabilidade e certificação do produto por empresas de reconhecimento internacional. A soja produzida pelas cooperativas paranaenses é exportada hoje para mercados altamente exigentes, como a França, Alemanha, Itália e Suécia, sempre obedecendo aos padrões internacionais de qualidade e nunca tiveram problemas relacionados com contaminação dos produtos exportados. É importante salientar que o mercado internacional admite até três partículas de origem vegetal com toxicidade por quilo de produto e que, no caso da China, único país a rejeitar a soja brasileira, exige que a tolerância seja zero. Atualmente a China é a principal compradora de soja em grãos no mundo. No ano passado importou 21,5 milhões de toneladas, deste total, 6,1 milhões de toneladas provenientes do Brasil. A previsão para 2004 é de que neste ano estas importações atinjam 23 milhões de toneladas. Na busca de uma solução imediata para o problema o governo brasileiro editou a instrução normativa número 15, estabelecendo padrões de tolerância mais rígidos do que as normas internacionais hoje em vigor. Além disso, o governo está enviando uma missão de negociação composta por representantes da iniciativa privada e do próprio governo, com o objetivo de mostrar aos chineses sobre as medidas que já foram adotadas para atender as exigências do mercado chinês. Entendemos
que deve haver uma ação forte do Governo Federal em conjunto
com o setor produtivo para evitar que situações como esta
prejudiquem o mercado da soja e o agronegócio brasileiro. |