VALOR ECONOMÔMICO II: Segmento busca ajuda para manter atividade
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Mesmo otimistas com o cenário contaminado pela crise global, as cooperativas brasileiras têm enfrentado muita dificuldade para obter apoio concreto do governo. As sociedades têm uma demanda por R$ 9 bilhões para capital de giro, mas até agora tiveram R$ 1 bilhão atendidos na esfera federal.
Investimento - As cooperativas esperavam investir R$ 10 bilhões em construção e ampliação de unidades e de produção. Mas o pé no freio generalizado tem obrigado o segmento a buscar ajuda para manter a atividade. Algumas medidas são consideradas simples pelos dirigentes cooperativistas, mas não têm saído do papel.
PIS-Cofins - O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, avalia que o principal auxílio do governo seria a permissão para compensar R$ 4,8 bilhões em crédito tributário de PIS-Cofins com outros impostos federais. "Precisamos de autorização do governo para pagar não só o PIS-Cofins, que tem limites específicos, mas também quitar compromissos com o Previdência dos funcionários e dos associados", afirma. "Temos um cheque do governo, que é o crédito tributário, mas o governo não aceita. Isso representaria caixa e alavancaria capital de giro para as cooperativas". Nas conversas reservadas, o governo afirma não querer permitir uma exceção às cooperativas por medo de "abrir a porteira" à reivindicação de outros setores. "Isso poderia ser feito por instrução normativa da Receita Federal. Não tem muito segredo", afirma Freitas. Nesta quinta-feira (29/01), o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve destinar R$ 700 milhões para capital de giro do segmento, mas a medida não resolve o problema sistêmico de falta de crédito. (Valor Econômico)