O aumento do consumo mundial e a elevação do esmagamento norte-americano de soja fizeram com que as cotações do grão apresentassem, antes do feriado, ligeira alta no pregão da Chicago Board of Trade (CBoT), apesar das previsões de crescimento da produção - com destaque para a brasileira - e do estoque do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no dia 12 de junho. O contrato da soja para agosto subiu 0,6%, cotada a 469 centavos de dólar/bushel (US$ 172,33 a tonelada). A maior surpresa do relatório de junho do USDA foi a estimativa para a safra brasileira, que poderá chegar a 37,5 milhões de toneladas no período 2000/01, um milhão de toneladas a mais, ou 2,7% de crescimento, sobre a previsão de maio. A previsão norte-americana para o Brasil, que inclui avanço de 4,7% nas exportações, para 13,3 milhões de toneladas, em relação aos 12,7 milhões projetados em maio, está alinhada com a da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que calcula a produção brasileira do grão em 37,6 milhões de toneladas.
Relatório do USDA em Edição Especial - Confira o relatório completo do USDA numa edição especial do Paraná Cooperativo, que estará sendo distribuído hoje por e-mail. O USDA estima a safra 2000/01 de soja em 172,43 milhões de toneladas, 0,6% acima da projeção de maio e 8% a mais que na safra passada, o que elevou a estimativa para o estoque de passagem em 1,4% sobre os números de maio e 7,5% sobre o ano passado, para 29,2 milhões de toneladas, o que reforçou a expectativa de recorde. O volume a ser estocado é entre 5 milhões e 6 milhões de toneladas superior à média dos últimos cinco anos, o que reflete a grande produção mundial, diz Renato Sayeg, da Tetras Corretora. No entanto, os números baixistas de produção e estoque foram compensados pelo consumo aquecido.