TRIGO: Ministro recebe propostas para comercialização da safra
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O ministro da agricultura,
Roberto Rodrigues, recebeu na terça-feira (16/8), em Brasília,
um documento com propostas emergenciais para a comercialização
da safra de trigo paranaense deste ano, que deverá chegar a 3 milhões
de toneladas, o correspondente a 64% da safra brasileira. A carta foi entregue
pelos presidentes Márcio Lopes de Freitas, do Sistema OCB; João
Paulo Koslovski, da Ocepar; Rui Polidoro, da Federação Agropecuária
das Cooperativas Agrícolas do Rio Grande do Sul (Fecoagro) e pelo conselheiro
da Fecoagro, Darci Pedro Hartmann. O documento aponta que “os gargalos
da falta de liquidez na comercialização já vem preocupando
o setor”. A última safra mundial apresentou um recorde de 622 milhões
de toneladas e contribui para agravar os problemas de comercialização
da safra brasileira.
Medidas - Entre as medidas elaboradas pelos técnicos
da Ocepar, Federação da Agricultura do Estado do Paraná
(Faep) e Secretaria da Agricultura, estão a realização
de contratos de opção de venda de trigo para 50% da safra; a realização
de leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e a disponibilização
de recursos para que os produtores de trigo possam transformar as parcelas vincendas
de custeio ou do custeio alongado em operações de EGF.
Produção - Apesar de ter potencial para produzir
o total do consumo nacional, que é de aproximadamente 10 milhões
de toneladas, o Brasil deve produzir neste ano R$ 4,8 milhões de toneladas
e é o segundo item em importações, totalizado US$ 728 milhões
em 2004. Uma solução para os produtores seria a exportação,
como ocorreu no ano passado, quando foram vendidas 1,3 milhão de toneladas,
situação que não deve se repetir em função
da queda acentuada da taxa de câmbio. A concentração da
colheita de trigo, na região Sul – que é a maior produtora
- nos meses de setembro a novembro é outro problema, pois a distribuição
do trigo para consumo ocorre ao longo de doze meses.
Importações - O controle das importações
de trigo em grão e farinha durante o período da colheita da safra
brasileira, vedando também a entrada de farinha em pré-mistura
fora dos parâmetros de classificação exigidos pelo Ministério
da Agricultura também é uma sugestão do grupo técnico.
De outra forma, a unificação das alíquotas do ICMS no comércio
interestadual do trigo e farinha pode contribuir para reduzir os problemas.
(Com informações da OCB)