TRIGO: Mecanismos de comercialização para a safra 2005

Técnicos da Ocepar e de diversas cooperativas paranaenses, estão reunidos na tarde desta terça-feira (30) na sede da entidade, em Curitiba, com o secretário e Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, e outros técnicos do ministério e da Conab para debater os principais problemas de comercialização da safra de trigo, que está em andamento. “Vamos discutir com o representante do governo medidas de apoio à comercialização. Os pleitos das cooperativas já foram encaminhados e aguardamos medidas de apoio”, afirmou o gerente comercial de grãos da Cocamar, José Cícero Aderaldo “Zico”, que veio a Curitiba para participar da reunião. Segundo José Cícero, a questão está relacionada com o custo do produto importado que, quando trazido para o interior, é inferior ao preço mínimo do trigo nacional. Essa situação é provocada pela valorização da moeda brasileira em relação ao dólar, mesmo num momento em que os preços do trigo no mercado internacional estão levemente acima da média histórica.

Medidas solicitadas – Nesta reunião, que tem previsão para encerrar no final da tarde, o sistema cooperativista está reivindicando ao governo as seguintes medidas de apoio à comercialização: Programa de Escoamento da Produção (PEP), para eqüalizar a diferença entre o preço mínimo e o custo do produto importado; lançamento de contratos de opção pública; linha de crédito para apoio à comercialização; e alongamento dos contratos de custeio. A colheita está avançando, especialmente nas regiões Norte e Noroeste, com cerca de 20% das lavouras colhidas. Na área de ação da Cocamar os problemas climáticos causaram uma redução da produtividade em torno de 16%, caindo de 2.400 kg/hectare para cerca de 2.000 kg/hectare. O preço mínimo do trigo nacional é de R$ 400,00 por tonelada, mas os moinhos estão pagando no máximo R$ 370,00, ficando o produtor, após descontados os custos de transportes, com R$ 330,00 por tonelada.