Trigo: CMN aprova novos preços mínimos
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Recursos e seguro - Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, “o reajuste anunciado atende nossas expectativas e será bem recebido pelos triticultores paranaense, os quais, com certeza, serão estimulados a produzir uma safra maior que no ano passado. Precisamos agora ter a garantia também de recursos suficientes para o plantio e de um seguro agrícola também para o trigo, pois em caso de alguma adversidade climática o agricultor possa ser ressarcido sobre seus investimentos”, destacou o líder cooperativista. Com relação ao preço mínimo para cevada, Koslovski lembra que “há preocupação do setor devido negociações com as indústrias de cerveja, a qual utiliza como referência para pagar a cevada o preço mínimo do trigo. Tradicionalmente, este valor é 95% do trigo e hoje o preço pago a cevada está baixo e o setor reivindica um reajuste”, destacou. Na safra passada, foram cultivados no Paraná, 1,055 milhões de hectares e segundo avaliação da Conab haverá um crescimento na ordem de 14,5%, ou seja, passaria para 1,208 milhões de hectares cultivados com trigo no estado. Já a produção terá um incremento de aproximadamente 57% em relação ao ano passado, com uma produção aproximada de 2,380 milhões toneladas.
Fórum Ocepar - De acordo com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, que participou na semana passada de um Fórum na sede da Ocepar sobre Política Agrícola, o preço mínimo do trigo foi corrigido devido à elevação dos custos de produção, como aumento nos preços de sementes, fertilizantes e demais insumos. Ele afirmou ainda que o governo concedeu reajuste maior para o cereal em regiões não tradicionais visando incentivar o plantio, especialmente no Centro-Oeste.“O governo continua apostando que poderá fechar a safra deste ano com uma produção total de 4,5 milhões de toneladas de trigo, superando a produção do ano passado, de 2,9 milhões de toneladas”, disse o secretário. O consumo interno anual é de 10 milhões de toneladas.
Incremento a produção - A expectativa do ministério é de que o aumento da safra de trigo seja obtido por meio do crescimento de 10% da área plantada e com ganhos de produtividade. Segundo Wedekin, os cálculos foram feitos baseados na evolução tecnológica e considerando condições normais de clima. O incremento da produção, estima o secretário, poderá reduzir em até US$ 60 milhões as importações do produto este ano, melhorando o resultado da balança comercial do agronegócio.