Três grupos de trabalho avaliarão \"efeito vaca louca\"

O governo quer ver todo o setor de carnes trabalhando para aproveitar as oportunidades abertas com o surgimento de um caso da doença da vaca louca nos Estados Unidos. A Câmara Setorial da Cadeia produtiva de Carne Bovina se reuniu nesta segunda-feira (05/01) no Ministério da Agricultura para discutir as ações que precisam ser tomadas para não deixar que o Brasil perca a oportunidade de ampliar as exportações da carne no momento em que os Estados Unidos, um dos maiores exportadores mundiais, saem temporariamente de cena. Os três grupos de trabalho criados para avaliar a situação terão apenas três dias para apresentar propostas que podem ser implementadas em curto prazo.

Ações - O primeiro grupo apresentará as ações de mercado que precisam ser desenvolvidas, como negociação de acordos sanitários com potenciais compradores da carne brasileira. Também definirá um roteiro de visitas de técnicos, empresários e diplomatas a países que suspenderam a compra de carne dos EUA, mas mantêm seus mercados fechados para a carne brasileira, como Japão, Coréia do Sul e Taiwan. O grupo está encarregado ainda de propor ações de marketing e de dar sugestões sobre como a diplomacia brasileira poderá ajudar nesse esforço de abrir mercados. Mas a conquista de novos mercados também depende de investimentos na qualidade do rebanho brasileiro. Um segundo grupo de técnicos irá preparar uma planejamento estratégico de defesa sanitária no Brasil. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, admitiu que todo esse esforço poderá ser perdido caso o país relaxe no combate à aftosa. O governo brasileiro vai continuar, inclusive, doando vacinas para a Bolívia e o Paraguai. Este ano deverão ser doadas 1,5 milhão de doses para os dois países. A defesa sanitária terá este ano R$ 68 milhões, já garantidos no orçamento. O terceiro grupo fará a coleta de informações sobre o mal da vaca louca, para demonstrar que a carne brasileira está imune a doença. (Fonte: Valor Econômico)