Transgênicos: Para deputado, aprovação de lei foi um erro
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Segundo o deputado estadual, Augustinho Zucchi, a aprovação do Projeto de Lei que veta o cultivo, a manipulação, a importação, a industrialização e a comercialização de organismos geneticamente modificados no Estado do Paraná "foi um erro", afirma o deputado estadual Augustinho Zucchi, durante visita a Ocepar.
Preocupação - Para o deputado, a preocupação agora é como ficarão todos os organismos geneticamente modificados, não apenas a soja, o projeto é muito mais amplo. "Ao meu ver, esta lei dificilmente ela será cumprida. Hoje, os transgênicos são uma realidade. O próprio presidente da República, sensível ao tema, decidiu pela edição de uma Medida Provisória liberando o plantio", lembra. Zucchi foi autor de um substitutivo, sugerido pela Ocepar e pela Faep, defendendo a rastreabilidade e a certificação. "Somente com a certificação e a rastreabilidade é que poderosos organizar de forma decisiva a nossa agricultura. Infelizmente este nosso substitutivo não foi aprovado. E hoje temos aí uma lei que proíbe todo e qualquer produto geneticamente modificado", destacou.
Confusão
- Augustinho alerta: "esta lei vai ser uma grande confusão,
afinal, não temos como saber o que é transgênico ou não,
não temos a exigência da rotulagem dos produtos que estão
nas prateleiras dos supermercados. Como é que ficará esta questão
dos produtos que são vendidos em supermercados e são considerados
como transgênicos? O governo terá condições de fiscalizar
e proibir todo e qualquer produto que seja transgênico e que é
vendido livremente, principalmente produtos industrializados que vem de outros
estados. Com esta lei estamos na contramão da história. Ser contra
ou a favor, apenas como resposta dualista é um erro. Precisamos debater
mais este assunto. Daqui a pouco o Iapar desenvolve uma variedade de laranja
resistente ao cancro cítrico, vamos ser contra? E a questão da
insulina, que é um produto transgênico e que tem salvado centenas
de milhares de vida? Temos que analisar esta questão em todos os aspectos.
O Paraná não optou pelo melhor caminho, que seria o da rastreabilidade.
Toda lei deve vir diante de uma necessidade da população, esta
lei vem contra o interesse dos nossos produtores", finalizou.