TRANSGÊNICOS: Abrapa quer impedir destruição de lavoura de algodão

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O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen, afirmou que o governo deve anunciar nos próximos dias o início dos leilões de PEP ao produtor. Segundo ele, a valorização do dólar não bastou para eliminar os prejuízos dos produtores, "e o governo sabe disso". "Estamos em contato com os técnicos do Ministério da Agricultura e sabemos que os estudos estão adiantados", afirmou o presidente da Abrapa. Segundo ele, o anúncio do programa poderá ocorrer amanhã ou na segunda-feira. "Não é possível esperar mais, pois o algodão começa a ser colhido e o produtor terá prejuízos", disse. O presidente da Abrapa informou que a entidade já está em contato com o Ministério da Agricultura, fazendo gestões para impedir a destruição de lavouras transgênicas. Em fiscalização que vem sendo realizada pelo MAPA, foram encontrados 16 mil hectares de plantações de algodão com característica transgênica ainda não autorizada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). A Comissão sugeriu que as lavouras sejam destruídas e que seja criado um vazio sanitário para a próxima safra: seria permitido plantio de outras culturas, mas não de algodão nos talhões em questão.

Prejuízo - "A destruição do algodão implicaria um prejuízo de R$ 30 milhões", disse Jacobsen. Segundo ele, é preciso encontrar uma solução de compromisso. "O governo precisa entender que alguns produtores tomaram essa atitude extrema por causa da crise da agricultura e da demora para liberação da tecnologia", afirmou. A área plantada na safra brasileira este ano foi estimada em 800 mil hectares. Como a fiscalização ainda está em curso, é possível que novas lavouras sejam encontradas. No mercado, há quem estime que a produção de algodão ilegal atinja 30% da área da safra 2005/06. (Agência Estado)

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