Transgênico chega à mesa do brasileiro
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Mamão, feijão e batata mais resistentes, arroz enriquecido com vitamina A e alimentos com maior concentração de ferro e zinco. Daqui a poucos anos, a mesa do brasileiro estará repleta destes produtos, todos geneticamente modificados, alguns transgênicos, outros com melhoramento convencional. Mas não há o que temer, porque terão qualidade e segurança, após passarem, em média, por pelo menos cinco anos de pesquisas e exaustivos testes. A garantia é da pesquisadora Marília Nutti, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que participa do IV Congresso Brasileiro de Biossegurança e IV Simpósio Latino-Americano de Produtos Transgênicos. O evento termina hoje, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, organizado pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio). Ela é integrante de um grupo de especialistas das Nações Unidas.
Saúde - Segundo Marília, a Embrapa está desenvolvendo um mamão resistente ao vírus da mancha anelar, um problema que atinge produtores do Espírito Santo e sul da Bahia. Quando o mamoeiro é atacado, precisa ser erradicado, provocando grande prejuízo. O feijão resistente ao vírus do mosaico dourado também vai provocar impacto entre pequenos produtores, que não terão mais a preocupação com a quebra de 50% na produção. A batata sem problemas de ser atacada pelo vírus que causa enrolamento das folhas é outra cultura pesquisada. Sobre a questão da saúde humana, a pesquisadora fez questão de salientar que os alimentos produzidos a partir de vegetais transgênicos têm sido submetidos a mais testes do que qualquer outro alimento na história. Ela citou o exemplo do kiwi, fruta obtida através de cruzamentos, se nenhuma tecnologia transgênica, mas que produz reações alérgicas. "Se o kiwi tivesse passado pelos mesmos testes e avaliações realizados com os transgênicos talvez não chegasse ao mercado, porque causa alergias", afirmou. (Folha de Londrina)