Cooperados da Coamo visitam Sistema Ocepar
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Um grupo de cerca de 40 produtores rurais cooperados da Coamo visitou, na manhã desta quinta-feira (14/08), o Sistema Ocepar, em Curitiba. A Coamo é a maior cooperativa agroindustrial da América Latina e a maior empresa do Paraná, com sede em Campo Mourão, na região Noroeste do estado. O objetivo da visita foi conhecer melhor a estrutura e os serviços que o Sistema Ocepar oferece às cooperativas.
“É muito importante os cooperados saberem tudo o que o Sistema Ocepar faz por nós. Nem sempre o cooperado se dá conta disso e precisamos valorizar este trabalho”, destacou Domingos Carlos Fontana, gerente da unidade da Coamo em Ivaiporã. Ele acrescentou que a visita foi uma oportunidade de conhecer melhor e levar informações aos cooperados sobre a atuação do Sistema Ocepar nas questões tributárias, ambientais, no trabalho de educação e planejamento, entre outros. “Isso nos auxilia a mostrar a importância do cooperativismo e da participação do cooperado em sua cooperativa”, disse.
Antes e depois
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, deu boas-vindas ao grupo, frisando a relevância da Coamo para a região onde atua e para todo o Paraná. “É notória a diferença antes e depois da Coamo, façam essa comparação. Antes, os agricultores dependiam de cerealistas. Temos que reconhecer como a Coamo trouxe desenvolvimento”, frisou.
Ricken enumerou três atuações principais da cooperativa: “Tecnologia, oportunidade e infraestrutura. Tudo o que é repassado ao produtor antes é testado na fazenda experimental. O produtor tem a oportunidade de ter acesso a produtos e serviços e buscar melhores condições de mercado e conta com uma grande infraestrutura, de recepção, secagem, armazenamento e comercialização da produção para garantir a qualidade do produto e vender no melhor momento”, disse.
O presidente explicou também que, enquanto a maioria dos cerealistas entrega a produção no sistema FOB (Free on Board), a Coamo entrega o produto na modalidade CIF (Custo, Seguro e Frete). A diferença é que no primeiro modelo o comprador assume a responsabilidade pelo transporte e riscos a partir da mercadoria embarcada e, com isso, paga menos pelo produto. No caso da venda CIF, que é a prática da Coamo, a cooperativa assume todos esses custos e riscos, oferecendo mais segurança para o comprador. Portanto, o produto é valorizado e, consequentemente, tem melhor preço, o que reverte em melhor remuneração para o cooperado.
“Quando o produto passa por uma cooperativa, ele ganha valor. É por isso que a Coamo hoje tem clientes que mantém há 20 anos na França, Alemanha e Holanda, por exemplo”, informou Ricken. “Isso é segurança”, acrescentou. Ainda segundo o presidente, “uma boa cooperativa faz a diferença e a Coamo é uma excelente cooperativa, com estrutura e planejamento”.
Cadastro Ambiental Rural
Uma das dúvidas levantadas pelos cooperados foi sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que foram esclarecidas pela engenheira ambiental do Sistema Ocepar, Bruna Mayer. Ela explicou que o CAR foi criado em 2012 e que atualmente mais de 90% das propriedades rurais do Paraná já estão inscritas. No entanto, apesar da alta adesão, apenas entre 2% e 3% dos cadastros foram efetivamente analisados até o momento.
“Assinamos um protocolo de intenções com o governo do Paraná para buscar alternativas e agilizar esse procedimento para que o produtor tenha a regularidade ambiental de sua propriedade”, disse. O CAR é exigido por instituições financeiras para liberar crédito ao produtor. Portanto, qualquer irregularidade ou desatualização pode impedir o acesso a linhas de crédito e outros benefícios.
Bruna Mayer informou que, a partir da interação com a Ocepar, o governo do Paraná criou uma Superintendência de Ordenamento Territorial (SOT). “Estamos trabalhando em parceria com essa superintendência para garantir mais agilidade nas análises e assegurar a regularidade ambiental, facilitando o acesso do cooperado a crédito, programas e mercados”, esclareceu.
Trabalho seguro
Na sede da Ocepar, além do presidente José Roberto Ricken, o grupo foi recebido pelo superintendente da Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar), Nelson Costa. A Fecoopar é uma das instituições que compõem o Sistema Ocepar. Ele detalhou a atuação da federação, especialmente no apoio às cooperativas nas negociações trabalhistas com os empregados. Costa falou também sobre o projeto Trabalho Seguro, uma das iniciativas do Plano Paraná Cooperativo (PRC300/500), o planejamento estratégico das cooperativas paranaenses. “Nosso propósito é garantir um ambiente de trabalho adequado para dar segurança e tranquilidade a todas as cooperativas e seus trabalhadores”, destacou.
Tarifaço
Costa falou também sobre a repercussão da imposição das tarifas pelo governo dos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. “Estamos acompanhando essa questão e avaliando os impactos sobre as cooperativas”, disse. Segundo ele, a diretoria do Sistema Ocepar analisará o recente anúncio do governo federal de apoio aos produtores prejudicados pela restrição às exportações.
Educação
O analista Luis Henrique Zanon Franco de Macedo, da Gerência e Desenvolvimento Humano, do Sistema Ocepar, fez uma apresentação detalhando ao grupo toda a atuação da organização. Ele destacou, entre outros, o grande investimento que se faz em educação para qualificar as equipes das cooperativas e os cooperados. Macedo também apresentou o programa de Educação Política do Sistema Ocepar que trabalha no relacionamento e aproximação do setor cooperativista com o ambiente legislativo, buscando a defesa das causas do setor.
Após a visita à sede do Sistema Ocepar, o grupo seguiu em viagem ao litoral do Paraná para visita ao Porto de Paranaguá, por onde a produção da Coamo segue com destino ao mercado externo.
FOTOS: Júlia Duda / Assessoria de Comunicação Sistema Ocepar