Suplicy pede investigação em Paranaguá

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O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) enviou um pedido para que a Controladoria Geral da União (CGU) verifique as denúncias de irregularidades no Porto de Paranaguá. O assunto tem sido pauta de debates e discussões no Congresso Nacional desde a aprovação na Câmara Federal de uma intervenção federal por 90 dias no Porto para apurar a situação administrativa desde o início do governo Roberto requião (PMDB). Suplicy encaminhou ao ministro Waldir Pires um dossiê preparado pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) reunindo irregularidades que já tinham sido detectadas por outros órgãos governamentais.

Antaq - Relatórios feitos pelo Ministério dos Transportes, Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas (TC) do Paraná, Ministério da Marinha, Receita Federal, Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Porto na Assembléia Legislativa foram anexados ao dossiê. Suplicy alegou ainda que a situação grave pode ser comprovada com o fechamento do porto no dia 19 de agosto por falta de segurança para navegação depois que bóias inadequadas foram deslocadas por um vendaval.

Transgênicos - O senador lembrou que a empresa contratada para fazer a manutenção sequer possuía rebocador com capacidade para içar as bóias. O serviço teve que ser feito pela Capitania dos Portos e pelo Corpo de Bombeiros. Além dos problemas de segurança, os agricultores reclamam que terão prejuízos por conta da proibição do embarque da soja transgênica pelo Porto de Paranaguá. A previsão é a de que entre 15% e 20% da produção de soja no Estado seja geneticamente modificada um volume de 1,5 milhão de toneladas de grãos teria que ser embarcado por outro porto brasileiro.

Faep - O presidente da Faep, Ágide Meneguette, diz que a justificativa oficial do governo do Estado de quem não tem estrutura para separação da soja transgência é inadequada. ''Já existe estrutura, nos terminais privados, para a segregação da soja transgênica'', salientou ele, lembrando que o silo público também pode ser responsável pela separação.

Rotulagem - A assessoria de imprensa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) informou que Paranaguá é o único terminal que cumpre integralmente a Lei de Biossegurança que prevê a segregação e a rotulagem dos produtos transgênicos. As mercadorias que teriam sido barradas até agora teriam tentado passar sem a devida rotulagem, o que estaria indicando uma ''clara intenção de burlar a lei''. (Folha de Londrina)

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