Superávit primário passa meta em R$ 5 bilhões
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O superávit
primário (receita menos despesas, excetuado o pagamento de juros) do
governo central, que inclui as contas do Tesouro Nacional, da Previdência
Social e do Banco Central, acumulado entre janeiro e setembro é de R$
46,2 bilhões, quase R$ 5 bilhões acima da meta estabelecida pela
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até dezembro, de
R$ 41,1 bilhões. Ao detalhar os números, o secretário do
Tesouro Nacional, Joaquim Levy, ressaltou, no entanto, que, para o mês
de dezembro é esperado déficit nas contas do governo, provocado
por questões sazonais, como o pagamento do décimo terceiro salário.
Saldo - Os dados do setor público consolidado, que além
do governo central inclui os estados, municípios e as estatais, serão
divulgados nesta sexta-feira (29), pelo Banco Central. Mas, segundo o secretário,
a meta para dezembro, de R$ 56,9 bilhões, também será cumprida
com folga, uma vez que já em agosto o saldo era de R$ 63 bilhões.
"De um modo geral caminhamos na direção da meta sem dificuldade",
disse Levy. O superávit primário do governo central em setembro
foi de R$ 4,7 bilhões, provocado principalmente pelo Tesouro Nacional,
que alcançou superávit de R$ 7,2 bilhões, contra saldos
negativos tanto no Banco Central, com R$ 10 milhões, quanto na Previdência
Social, com R$ 2,6 bilhões.
Contribuições
- A receita previdenciária avançou de R$ 54,8 bilhões no
ano passado para R$ 65 bilhões este ano, segundo Levy, por conta da abertura
de 1,7 milhão de empregos. Houve ainda aumento do teto da contribuição
previdenciária. Na comparação entre os meses de janeiro
a setembro de 2003 e de 2004, as despesas com benefícios passaram de
R$ 71,8 bilhões para R$ 84,8 bilhões.