SUMMIT PR EM PERSPECTIVA: Conservação não é concorrente da produção, é convergente, destaca presidente da Ocepar em evento sobre sustentabilidade

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O Sistema Ocepar sediou, na manhã desta quarta-feira (01/11) o Summit Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade. Realizado pelo jornal Gazeta do Povo, com apoio do Sistema Ocepar, da Cocamar e da Sicredi, entre outras empresas, o evento foi aberto pelo governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e reuniu lideranças políticas, empresariais, instituições ligadas à pesquisa e ao agronegócio, produtores rurais e profissionais que atuam no cooperativismo. A diretora da Gazeta do Povo, Ana Amélia Filizola, e diretores e profissionais do jornal também participaram do evento. Presente também o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano e outros parlamentares.

Qualidade de vida - “Queremos consolidar o Paraná como o estado mais sustentável do Brasil, como já fomos reconhecidos por três vezes consecutivas pelo ranking de competitividade entre todos os estados do país”, disso o governador na abertura do evento. Ele informou que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as maiores potências do mundo, destacou o Paraná e uma província do Japão como referências em sustentabilidade. “Isso, para nós, é qualidade de vida e a garantia de que produzimos alimentos com respeito ao meio ambiente”, declarou Ratinho Junior.

ESG - O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, participou do primeiro painel que teve como tema Desafios e Oportunidades de Crescimento do Agro Sustentável no Paraná. Ele falou sobre o compromisso das cooperativas com a sustentabilidade e informou que o ESG será o projeto prioritário do próximo planejamento estratégico das cooperativas. “A conservação não é concorrente da produção, é convergente”, reforçou Ricken. Ele disse que “sustentabilidade é a questão ambiental, a viabilidade econômica e social, a gestão, a qualidade e a logística. Tudo isso tem que estar combinado.”

Certificação - Sobre os desafios e oportunidades do agronegócio sustentável, o presidente da Ocepar chamou a atenção para a necessidade da certificação. “Não basta fazer, temos que demonstrar que fazemos para que o mercado saiba e dê valor”, pontuou. Para avançar nesta questão, Ricken apresentou a proposta de uma parceria com os conselhos federal e regional de engenharia e agronomia (Confea e Crea/PR), para que engenheiros agrônomos possam prestar esse serviço aos produtores, reservando ao governo do Estado o papel de acompanhar e fiscalizar.  “No Paraná temos 70 mil engenheiros agrônomos, dos quais 30 mil atuam na área de sustentabilidade e que podem nos apoiar”, informou, acrescentando que a Ocepar já está debatendo o tema com os conselhos.

Baixo carbono- O mesmo painel teve também a participação dos secretários de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, e do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge. Ortigara destacou a adesão ao programa de baixo carbono como uma das ações concretas para trazer a agricultura do Paraná para o modelo sustentável. “O agro é acusado de ser poluidor, mas tem essa capacidade de fixar o carbono no solo”, disse. O secretário da Agricultura falou também sobre a necessidade de avançar no sistema de plantio direto, que preserva a qualidade do solo e é uma das práticas mais sustentáveis de cultivo, onde o Paraná se destaca.

Produtividade - O secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Jorge, apresentou dados sobre a área plantada e a produção do Paraná. “A área agriculturável do Paraná permanece praticamente a mesma desde 1985, mas a produtividade mais que dobrou nesses últimos 40 anos”, informou. “Isso é eficiência”, disse, acrescentando que é resultado do trabalho da agricultura, do cooperativismo e do homem do campo. “O governo do Paraná pensa em ter um ambiente cada vez mais verde, mais sustentável, mais eficiente e mais inclusivo”, destacou. 

Hidrogênio renovável - O Summit prosseguiu com a realização de mais um painel, que discutiu o “Futuro do hidrogênio renovável no Paraná”, com a participação do secretário estadual do Planejamento, Guto Silva, do consultor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe/PR), Rodrigo Regis, e do head do Liaison Office Brasil, sediado em São Paulo, Rodrigo Pastl.

 

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