Subsídio americano ao arroz e soja deve ser contestado
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Depois de vencer a disputa contra os subsídios norte-americanos para a cultura do algodão, o Brasil já estuda mover outras duas ações contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC). A primeira seria contra os subsídios para cultura do arroz, que segundo estudos realizados por lideranças brasileiras do setor chegam a US$ 10 bilhões nos últimos 10 anos, beneficiando cerca de sete mil produtores. O outro contencioso, ainda em fase embrionária de estudos, seria para a soja, segmento liderado pelos norte-americanos, tanto em produção quanto em exportação. A CNA (Confederação Nacional de Agricultura) diz que possíveis ações contestariam as políticas domésticas de subsídios dos Estados Unidos, muito parecidas com as oferecidas ao algodão. A vitória do Brasil na OMC nesse último caso seria um bom precedente para novas ações.
Competitividade - Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) o contencioso irá incluir ainda o Uruguai. Já no próximo dia 16 de outubro, os uruguaios têm uma reunião com representantes dos Estados Unidos na OMC. Após isso, retomaremos uma agenda conjunta com vistas a uma ação na entidade. Com uma produção estimada em 13 milhões de toneladas e um consumo que supera os 12,5 milhões, o Brasil exportou de janeiro a julho deste ano cerca de 245 mil toneladas. No caso da soja a CNA considera que assunto está apenas no início. Por enquanto o setor estuda todos os dados a respeito do assunto, mas ainda não temos um prazo definido para nenhuma ação. A Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) acredita que os subsídios norte-americanos, além de prejudicar a competitividade, influem no preço do grão. A estimativa para a safra nacional é superar as 49 milhões de toneladas produzidas em 2004/05 e chegar a 62 milhões de toneladas. (Com informações do Jornal Diário do Comércio e da Indústria - DCI)