SOJA II: Mudança beneficia produtores da região de Umuarama

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Os produtores de soja dos municípios de Francisco Alves, Cafezal do Sul, Iporã e Altônia, localizados na região de Umuarama, no noroeste paranaense, foram finalmente atendidos pelo Ministério da Agricultura, que alterou a data para o plantio de soja determinado pelo zoneamento agrícola e climático para o solo de tipo 2 e o grupo de cultivares do grupo II e III. Durante os últimos oito anos, eles só podiam plantar a partir de 1º de novembro nos dois primeiros municípios e a partir de 11 de novembro nos dois últimos. Com a mudança, cuja reivindicação vinha sendo liderada por Cocamar e Ocepar com apoio técnico do Instituto Agronômico do Paraná e Embrapa, a data passou para o mês de outubro nessas localidades. Na última sexta-feira (29/07), o Ministério da Agricultura divulgou a portaria 275/2011, oficializando a alteração.

Distorção - Até então, quem plantasse fora da época determinada, não tinha direito a cobertura do seguro em caso de intempérie. "Fica corrigida uma distorção", afirma o engenheiro agrônomo Aparecido Carlos Fadoni, gerente do departamento de Produção Agrícola da Cocamar. Segundo ele, os produtores estavam impossibilitados de aproveitar a melhor época para o plantio. 

 

"A luta valeu" - Em setembro do ano passado, Fadoni, acompanhado dos agricultores João Wilton Bonamim, Alécio Andreato e Albertino Afonso Branco, esteve mais uma vez na Embrapa para pleitear a mudança. "A luta valeu", destaca Albertino Branco. "Agora, vamos poder antecipar o plantio buscando uma melhor produtividade, sem contar que cultivando dentro do período do zoneamento vamos ter direito ao seguro". O gerente da Cocamar em Iporã, Eleutério Roncato Neto, explica que, antes da alteração, quem plantava fora do prazo assumia todos os riscos. "Agora os produtores vão trabalhar mais tranquilos, pois serão amparados em caso de frustração de safra". Segundo ele, a próxima batalha é pelo zoneamento do milho safrinha, que ainda não existe para a região.   

 

Revisão anual - O zoneamento agrícola foi usado pela primeira vez no ano de 1996 para a cultura do trigo. Recebe revisão anual e é publicado na forma de portarias, no Diário Oficial da União e no site do Ministério da Agricultura. Atualmente, os estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático já contemplam 40 culturas, sendo 15 de ciclo anual e 24 permanentes, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária. É um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. São analisados os parâmetros de clima, solo e de ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia validada pela Embrapa. (Imprensa Cocamar)

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