SOJA: Brasil deve exportar mais neste ano

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soja 30 12 2021A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou um pouco sua estimativa de exportações de soja em dezembro para 2,777 milhões de toneladas, ante 2,768 milhões de toneladas previstas na semana passada. O número está bem acima de dezembro de 2020, quando foram exportadas 161,024 mil toneladas.

2021 - Para 2021, a entidade projeta agora exportação de 86,881 milhões de toneladas da oleaginosa. A Anec informou, ainda, que na semana de 19 a 25 de dezembro saíram dos portos 674,019 mil toneladas de soja. Para a semana de 26 a 1º de janeiro, a estimativa é de que sejam exportadas 655,837 mil toneladas, A projeção leva em conta a programação agendada nos portos.

Farelo - Já para o farelo perspectiva é de embarque de 1,682 milhão de toneladas em dezembro. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,111 milhão de toneladas. No ano a exportação do produto deve fechar em 17,016 milhões de toneladas.

Milho - Já em relação ao milho, a Anec divulgou que a exportação do Brasil deverá ter o menor patamar desde 2016 e chegar a apenas 20,7 milhões de toneladas em 2021. A projeção anterior era de 21,144 milhões de toneladas. Com isso a redução é de 38% nas exportações brasileiras de milho neste ano na comparação com 2020, quando os embarques já haviam caído ante um recorde de 41,2 milhões de toneladas em 2019.

Embarque - Em dezembro, o país deve embarcar 3,454 milhões de toneladas. Há uma semana, a perspectiva da entidade era de 3,914 milhões de toneladas. Em relação aos últimos anos, as vendas externas de 2021 só serão maiores do que as 17,45 milhões de toneladas de 2016.

Motivos - Entre os motivos para a baixa nas vendas está a quebra na safra, causada por fatores climáticos como seca e geadas pelo país. Ao mesmo tempo em que a safra brasileira de milho caiu para 87 milhões de toneladas em 2020/21, versus um recorde de 102,5 milhões no ciclo anterior, o consumo interno do cereal cresceu fortemente neste ano pela maior demanda da indústria de carnes e também das usinas de etanol, colaborando para limitar os embarques para fora. A demanda anual brasileira está estimada em mais de 72 milhões de toneladas, de acordo com a estatal Conab.

Segunda posição - O Brasil já figurou na segunda posição do ranking global de exportadores do cereal e hoje esse posto está com a Argentina. Na nova temporada (2021/22), caso a estimada safra recorde se confirme, o Brasil poderia voltar à posição de segundo exportador global, atrás apenas dos Estados Unidos, com embarques de 43 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O país superaria Argentina e Ucrânia entre os maiores exportadores. (Agrolink)

FOTO: Rodrigo Leal / Arquivo Appa

 

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