Sistema Financeiro
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Os bancos estrangeiros ampliaram de 11,71% para
quase 30% sua participação no mercado brasileiro, segundo dados obtidos junto
ao Banco Central. Enquanto isso, as cooperativas de crédito, que em 1977 tinham
apenas 0,74% de participação no mercado, se aproximam de 2%. Esse crescimento,
embora pequeno, tem sido firme e acompanha a fase de consolidação do
Cooperativismo de Crédito iniciado após 1996, quando o Banco Central autorizou
o funcionamento dos dois bancos cooperativos operando no Brasil, o Bansicredi e
o Bancoob, que administram 54% dos depósitos das cooperativas de crédito
brasileiras. Até meados dos anos 90, as leis foram extremamente restritivas às
cooperativas de crédito, flexibilizadas aos poucos, à medida que o sistema
cooperativista demonstrou profissionalismo. Nos últimos cinco anos, o número de
cooperativas cresceu 50%. Já são 1.500 e administram R$ 15,5 bilhões em ativos.
Agora, devem ganhar ainda mais força.
Cooperativas de livre admissão - Neste ano, através da
Resolução 3.106, o governo flexibilizou mais um pouco a legislação, permitindo
o funcionamento das cooperativas de livre admissão em regiões com população de
até 750 mil habitantes, mas dentro de algumas condições. Até então, só podiam
ser constituídas cooperativas dentro de categorias profissionais, como
agricultores, profissionais da saúde, de agronomia, ou entre trabalhadores de
instituições públicas ou privadas. A lei permite que as cooperativas existentes
podem ser transformadas em ?de livre admissão? desde que atuem numa área de
ação com população de até 750 mil habitantes. Curitiba é a única cidade do
Paraná onde, em função da sua população, as cooperativas terão que funcionar
dentro de categorias profissionais, microempresários ou entre funcionários de
empresas ou instituições públicas.
Redução nos estatais ? A tabela seguinte mostra
com clareza o crescimento da participação estrangeira no sistema financeiro e
um pequeno crescimento dos bancos privados nacionais. Por sua vez, os bancos
estaduais tiveram sua participação reduzida de 10,3 % para 4,78%. A maior queda
foi da CEF, de 30,93 para 7,61%, enquanto a participação do Banco do Brasil
cresceu de3 10,97% para 16,17%. As cooperativas de crédito, que em 1977 estavam
em fase de organização, cresceram de 0,74% para 1,77%. Estima-se, porém, que a
participação em 2003 seja superior a 2%.
Participação dos sistemas financeiros no total, no
Brasil, entre 1997 e 2002. |
|||||||
Operações de crédito |
1997 |
1998 |
1999 |
2000 |
2001 |
2002 |
|
Jun |
Dez |
||||||
Bancos com controle estrangeiro |
11,71 |
14,88 |
19,75 |
25,16 |
31,51 |
30,03 |
29,94 |
Bancos privados nacionais |
35,35 |
30,97 |
31,66 |
34,53 |
42,13 |
40,65 |
39,73 |
Bancos públicos (+ caixa estadual) |
10,30 |
8,86 |
8,13 |
5,12 |
3,09 |
4,92 |
4,78 |
CEF |
30,93 |
32,31 |
28,74 |
23,00 |
7,13 |
7,47 |
7,61 |
BB |
10,97 |
12,05 |
10,58 |
10,95 |
14,53 |
15,25 |
16,17 |
Cooperativas de crédito |
0,74 |
0,93 |
1,14 |
1,24 |
1,61 |
1,68 |
1,77 |
Área bancária |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
Floresta é da Sicredi Regional Maringá - A unidade de atendimento Sicredi na cidade de Floresta pertence à Sicredi Maringá, ao contrário do que informamos na edição anterior deste informativo. Floresta, município com pouco mais de 5 mil habitantes, tem uma das 25 unidades de atendimento da Sicredi Regional Maringá, que é uma das maiores cooperativas de crédito do Brasil, administrando cerca de R$ 100 milhões dos seus associados. Apenas em Maringá há quatro unidades de atendimento da Sicredi.