Senado aprova projeto de Lei de Biossegurança
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O projeto de Lei de Biossegurança, que trata do plantio e comercialização de transgênicos e da pesquisa com células-tronco, foi aprovado na tarde desta quarta-feira (06/10) no plenário do Senado. Os senadores aprovaram o substitutivo do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que mantém a possibilidade do plantio de transgênicos no Brasil. O texto permite ainda que os cientistas brasileiros possam usar em suas pesquisas células-tronco de embriões humanos. Suassuna manteve a proposta anterior do senador Osmar Dias, que dava à CNTBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) o poder de regulamentação sobre produtos modificados geneticamente. O projeto da Câmara previa que a CNTBio apenas daria parecer sobre essas questões. Caso os órgãos do governo não concordem com as decisões da CNTBio, terão 15 dias para apresentar recurso. A Lei de Biossegurança chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas foi modificada pelos senadores.
Suassuna
- O relator do projeto da Lei de Biossegurança, senador Ney
Suassuna (PMDB-PB), sustentou na defesa de seu substitutivo que a "soja
transgênica ajuda o meio ambiente, pois exige menos agrotóxico".
Ele informou que a soja tradicional recebe até seis aplicações
de agrotóxicos, enquanto a transgênica é colhida tendo recebido
apenas um herbicida. “Há muita desinformação sobre
esse assunto. Quem é contra os transgênicos se aproveita da desinformação
das pessoas para propagar mitos equivocados sobre o assunto”, sustentou.
Suassuna informou ainda que os Estados Unidos já plantam 112 variedades
transgênicas de cereais e leguminosas e outros produtos alimentícios,
enquanto no Brasil só se planta, ainda de forma irregular, uma variedade
de soja. Ponderou que países como o Brasil "não podem se
dar ao luxo de dispensar os produtos transgênicos", que têm
custo menor e ainda reduzem a poluição do meio ambiente por herbicidas.
(Fonte: Folha Online e Agência Senado)