Seminário debate mecanismos de desenvolvimento limpo

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O secretário de Políticas Estratégicas e Desenvolvimento Científico do Ministério da Ciência e Tecnologia, Jorge Guimarães, participa nesta quinta-feira (28/08) em Curitiba de um debate sobre a realidade do mercado de carbono para o setor público e privado no Brasil. Ele vai falar sobre as políticas do governo federal para indução do setor industrial na aplicação dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Na avaliação de Guimarães, tanto o Brasil como o Paraná têm potencial, mas precisam se preparar para liderar o mercado de créditos de carbono. O seminário estará reunindo representantes do governo federal e de entidades e empresas do segmento ambiental do Paraná e do País.

Negócios - A proposta do encontro, realizado pelo Centro Integrado de Estudos Jurídico-Empresariais (Cieje) é discutir as oportunidades de negócios e investimentos a partir do MDL, com viabilização de projetos que possam gerar créditos de carbono. Nesse sentido, estão os reflorestamentos e os projetos de energia alternativa que visem a fixação de carbono na atmosfera (diminuição de gases de efeito estufa). São projetos como o biodiesel e o aproveitamento das biomassas, por exemplo, como o bagaço de cana-de-açucar, muito utilizado no Paraná no processo de geração de energia. O biodiesel é um tema em pauta no mundo e principalmente no Paraná. Ônibus em Curitiba já utilizam o biodiesel em caráter experimental e agora o governo federal quer levar o projeto desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para o Brasil.

Créditos de Carbono - Letícia Cardoso, coordenadora técnica do Cieje e advogada da Vanzin & Penteado, explica que os créditos de carbono estão previstos no Protocolo de Quioto, que já foi ratificado por mais de 100 países e deve entrar em vigor no próximo ano. A partir de então, projetos que se enquadrem dentro da política do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo poderão se candidatar a esses créditos, que serão comercializados com os países mais poluidores, como Alemanha e Holanda, por exemplo. Esses países vão comprar esses créditos, como forma de compensar a emissão de gás carbônico na atmosfera. Promovido em parceria com o escritório Vanzin & Penteado Advogados e a STCP Engenharia de Projetos, o evento contará ainda com a participação do advogado ambientalista Oswaldo Leite de Moraes Filho, da Demarest & Almeida, de São Paulo; de Joésio D.P. Siqueira diretor da STCP e professor de Engenharia Florestal da UFPR.

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