Seminário Cooperar: Requião destaca apoio ao cooperativismo

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Afirmando que no início do seu governo determinou ao BRDE que se debruçasse sobre o sucesso das cooperativas, apoiando-as em seus projetos de desenvolvimento, o governador Roberto Requião abriu nesta sexta-feira (13/08), em Foz do Iguaçu, o 1º Seminário Cooperar, promovido pelo BRDE e organizado com apoio da Ocepar, com o tema As cooperativas e os desafios da globalização. Depois de elogiar a ação das cooperativas na promoção do desenvolvimento através da agregação de tecnologias e produtividade, o governador Requião discorreu sobre a teoria econômica e a submissão do Brasil aos capitais externos, que aqui vêm apenas com objetivo de obter lucro. O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, os presidente das organizações das cooperativas de Santa Catarina, Neivor Canton, e do Rio Grande do Sul, Vicente Bogo, o deputado federal Moacir Micheletto, o presidente da Itaipu Jorge Samek, o presidente do BRDE, Lélio Miguel Antunes de Souza e os diretores do banco, Cacildo Maldaner, Amadeu Geara, Carlos Frederico Marés e Germano Bonow, também participaram da solenidade de abertura.

BRDE e cooperativas - O seminário foi aberto pelo presidente do BRDE, que discorreu sobre a estreita ligação entre o banco e as cooperativas dos estados do Sul. “A evolução do associativismo está indissociavelmente ligada à história do BRDE. De fato, a criação do banco, em 1961 se deu entre o surto cooperativista do final dos anos 50 e a difusão da cultura da soja do final dos anos 60. Portanto, é impossível discorrer sobre o BRDE sem citar as cooperativas agropecuárias e vice-versa”, frisou Lélio, que citou em seguida o grande salto qualitativo dado pelas cooperativas a partir dos anos 70, quando muitas delas deixaram de atuar exclusivamente no campo comercial e passaram a agregar valor à produção por meio da industrialização.

Crença no cooperativismo - O diretor do banco lembrou que o BRDE foi uma das poucas instituições financeiras a acreditar no Recoop e que a atuação do banco nesse programa se diferenciou pelo fato de não ter sido pautada pelo conservadorismo, uma vez que a maior parte dos recursos foram concedidos para novos investimentos. Frisou que há uma grande afinidade entre o papel desempenhado pelas cooperativas no ambiente econômico e social e a missão estatutária do banco: promover e liderar ações de fomento econômico e social, apoiando as iniciativas governamentais e privadas em sua região de atuação, através do planejamento, do apoio técnico, institucional e creditício”.

Investimentos de R$ 800 milhões em 2004 – Na sua saudação aos quase 300 participantes do seminário e às autoridades, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, afirmou que o evento se transformava num marco para o desenvolvimento das cooperativas dos três estados do Sul e que ao promovê-lo, o banco confirmava sua liderança no setor. “O BRDE foi parceiro no desenvolvimento das cooperativas agropecuárias e tem sido parceiro também das cooperativas de crédito, fazendo chegar o crédito aos pequenos produtores, através do Pronaf”. Koslovski disse ainda que neste ano o sistema cooperativas deverá investir cerca de R$ 800 milhões em projetos de infra-estrutura e desenvolvimento agroindustrial. Ao final de seu discurso de abertura, o presidente da Ocepar entregou ao presidente do BRDE, Lélio Miguel Antunes de Souza, um troféu, cujo texto reconhece o apoio do banco ao desenvolvimento das cooperativas paranaenses.

Painel mostra cooperativismo no Sul – O presidente da OCB, Márico Lopes de Freitas, e os presidentes organizações das cooperativas de Santa Catarina, Neivor Canton, e do Rio Grande do Sul, Vicente Bogo, participaram de um painel, onde cada um discorreu sobre aspectos do cooperativismo. O presidente da OCB destacou a riqueza e a diversidade econômica e cultural do cooperativismo brasileiro, citando que em dois dias ouviu de uma cooperativa pedido de apoio para um curso de formação de traders, e de outra o pedido para montar curso de alfabetização. Freitas destacou que nos últimos anos as cooperativas passaram por intensa profissionalização, contanto com apoio do Sescoop, e que isso tem permitido avanços na produtividade, na qualidade e melhor acesso aos mercados.

Profissionalização no Paraná – O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, expôs sobre o tema “Cooperativismo paranaense: profissionalização com crescimento sustentável”, onde mostrou o crescimento das cooperativas nos últimos anos depois de superar os problemas causados pelos planos econômicos. Enfatizou a importância do Recoop e, mais recentemente, do Prodecoop, na recuperação e na retomada dos investimentos agroindustriais das cooperativas. Koslovski disse que através do Sescoop as cooperativas treinaram, nos últimos três anos, 178 mil cooperativistas, de diretores a associados, passando por diversos níveis de profissionais. Os recursos do Sescoop são advindo do próprio sistema cooperativista, através de devolução de pequeno percentual de tributos recolhidos pelas cooperativas ao governo federal.

Faturamento deve chegar a R$ 18 bilhões – O grande desenvolvimento alcançado pelas cooperativas vêm permitindo uma grande expansão nos negócios, frisou o presidente da Ocepar. Depois de obterem uma receita líquida de R$ 15,5 bilhões no ano passado, neste ano as cooperativas devem faturar cerca de R$ 18 bilhões, se as atuais condições de mercado persistirem. As cooperativas do Paraná empregam, atualmente, cerca de 45 mil pessoas. O próprio presidente do banco, Lélio Miguel Antunes de Souza, que nos últimos dias percorreu em visita várias cooperativas do Paraná, reconheceu que as cooperativas não são apenas empresas eficientes economicamente, mas estão comprometidas com o desenvolvimento das comunidades onde atuam, agregando emprego e renda.

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