Seguro rural ainda não saiu do papel
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Há dois anos o setor produtivo espera a criação do seguro. A proposta de subvenção nasceu no governo passado, quando o então ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, anunciou a intenção de o Estado bancar até 50% do seguro agrícola. No entanto, o projeto só foi aprovado pelo Congresso Nacional no final do ano passado e a lei, regulamentada em junho. De acordo com o texto, fica criado o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, que será regulado pelo Comitê Gestor Interministerial, responsável pela escolha dos produtos e regiões subvencionadas. Ontem foram encaminhados os últimos nomes para a composição deste grupo.
Projeto
- Agora, o ministério deve publicar uma portaria instalando o comitê.
Segundo Marcelo Fernandes Guimarães, coordenador-geral de Planejamento
Agrícola do ministério, a intenção do governo é,
até setembro, fazer algumas operações subvencionadas. A
idéia é de que seja criado um projeto-piloto de implantação
do programa, abrangendo o Centro-Sul do País e, provavelmente, as culturas
de soja e milho. Guimarães admite que texto que autorizava o uso dos
recursos de subvenção à borracha (R$ 20 milhões)
para o seguro rural continha um erro. De acordo com ele, o erro ocorreu "em
um dispositivo que pegou carona com o seguro rural". Guimarães não
acredita que isso possa atrasar ainda mais o lançamento do programa.
Espera-se para o dia 6 uma reunião entre o governo e as seguradoras quando
podem ser apresentadas as regras preliminares da subvenção. O
valor anunciado pelo ministério para a subvenção do seguro
agrícola é igual ao que o governo de São Paulo está
ofertando. Ontem, o governador Geraldo Alckmin assinou decreto que ampliou o
Projeto Estadual de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural
para 26 culturas na safra 2004/05. Para ter direito à subvenção
o agricultor precisa ter uma renda bruta anual de até R$ 185 mil.(Fonte:
Gazeta Mercantil)