SAFRA X PEDÁGIO X ESTRADAS RUIMS

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O jornal Gazeta do Povo de hoje (21) traz uma ampla reportagem sobre as dificuldades que os produtores paranaenses terão pela frente nesta próxima safra, pois, além das perdas causadas pela má conservação das rodovias, outro problema enfrentado pelos agricultores é o alto custo do frete, adverte o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette. Em todo o Brasil, o prejuízo com a parcela de grãos derramada nas estradas por causa dos buracos chega a R$ 2,7 bilhões, o que corresponde a 10 milhões de toneladas perdidas. Os números fazem parte de um balanço realizado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). No Paraná, considerando que o estado responde por 23% da safra nacional de grãos, a perda anual pode chegar a R$ 620 milhões, estima o técnico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Fávio Turra. De acordo com estudo realizado pelos técnicos da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), o custo total com o pedágio no transporte da safra 2001/2002 será de R$ 40,15 milhões a R$ 80,30 milhões. Estes valores equivalem, respectivamente, à produção de 42.628 hectares e 85.256 hectares de milho, representando de 2,85% a 5,70% da safra paranaense deste grão. Dos granéis sólidos exportados por Paranaguá 67% chega através do transporte rodoviário, dessa forma 9,43 milhões de toneladas são transportadas por 350.000 caminhões de 5 eixos. Considerando o custo médio do pedágio pago nos 4 cursos avaliados anteriormente o desembolso por carga, será de R$ 114,70 no sentido unidirecional e R$ 229,40 no bidirecional.O custo total com o pedágio no transporte da safra será de R$ 40,15 milhões a R$ 80,30 milhões.Equivalente a produção de 42.628 ha ou 85.256 ha de milho respectivamente, o que representa de 2,85% a 5,70% da safra de milho paranaense.Os custos adicionais causados pela implantação do pedágio no Estado do Paraná tendem a reduzir a competitividade da produção de grãos do Estado frente a seus concorrentes internamente ou até da soja Brasileira frente à Argentina e Norte Americana, a não ser que as melhorias das rodovias reduzam os custos operacionais de transporte em percentual maior do que o aumento de custos nos transportes causados pela implantação do pedágio.

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