Safra menor reflete no comércio do PR, que acumula queda nas vendas.

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Enquanto na média brasileira as vendas do comércio acumulam resultados positivos há 22 meses, tendo crescido 5,62% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, no Paraná houve queda de 2,35% nesse mesmo período, conforme mostra a pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda da renda, principalmente dos consumidores do interior com a frustração da safra agrícola pela seca e a redução dos preços internacionais da soja, está se refletindo nas vendas do comércio paranaense, já que a agricultura tem forte peso na economia do estado, explica o economista Reinaldo Silva Pereira, do IBGE. O mesmo quadro se verifica no Rio Grande do Sul, Estado que sofreu com uma estiagem ainda mais severa.

Setores em baixa
- Dois setores estão puxando para baixo os números do comércio paranaense: supermercados e combustíveis. Em setembro, as vendas dos supermercados e hipermercados do Paraná caíram 12,32% e nos nove primeiros meses do ano a perda em termos de volume comercializado foi de 6%. No caso dos combustíveis, o aumento de preço está inibindo as vendas ao consumidor. Segundo explica o superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Valmor Rovaris, a quebra da safra agrícola tem reflexos também na capital, pois significa menos dinheiro entrando na economia. Ele aponta outros motivos para o desempenho negativo dos super e hipermercados ao longo do ano, como as mudanças de hábitos dos consumidores, que estão em maior número fazendo suas refeições fora de casa (restaurantes ou empresas), gastando mais com contas de telefones celulares e comprometendo seus orçamentos com prestações, o que faz com que sobre menos dinheiro para gastar com alimentação. O pior setor em setembro, segundo o IBGE, foi o de veículos, motos e peças, que apresentou uma queda de 15.96% nas vendas

Setores em crescimento - Mas nem todos os setores do comércio paranaense estão no vermelho. As vendas de equipamentos e materiais de informática e comunicação cresceram, só em setembro, 114,74%. De acordo com o economista Reinaldo Pereira, este segmento vem sendo beneficiado pela queda do dólar. Entretanto, como ele tem um peso muito pequeno no cálculo da pesquisa do comércio, os números positivos não se refletem no porcentual final. Os seguintes setores apresentaram crescimento no Paraná, em setembro: tecidos e vestuários (6,4%); móveis e eletrodomésticos (10,39%); artigos farmacêuticos (9,14%); livros, jornais e revistas (11,98%); e artigos de uso pessoal (23,29%). (Com informações do jornal Gazeta do Povo).

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