Rússia suspende embargo à carne em seis estados brasileiros
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, anunciou hoje (02/03), em Rio Verde (GO), que as autoridades russas suspenderam o embargo à importação de carnes bovina e suína de seis estados brasileiros. A medida vale para o Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. “A notícia é formidável porque esse problema afetava duramente as exportações de carnes de frango, suína e bovina e essas questões foram eliminadas”, afirmou Rodrigues. O ministro disse que o fim do embargo beneficia os principais estados produtores de carnes do Brasil, mas que falta ainda resolver o problema do Mato Grosso e Tocantins. Por serem estados vizinhos ao Amazonas e Pará, onde ocorreram os últimos focos de febre aftosa no País, a Rússia ainda mantém a restrição. “Estamos empenhados profundamente na solução desta questão”, afirmou Rodrigues.
Outros estados - A missão brasileira que embarcou para a Rússia ontem (01/03), chefiada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Alves Maciel, tem uma reunião técnica com as autoridades russas amanhã (03/03). Nesse encontro, o governo brasileiro vai discutir a abertura do embargo também para Mato Grosso e Tocantins. O embargo russo às carnes brasileiras teve início em setembro de 2004, quando ocorreu um foco de febre aftosa no município de Careiro do Várzea, no Amazonas. Em novembro do ano passado, a Rússia já havia liberado as importações de carnes de Santa Catarina por ser este o único estado brasileiro livre de aftosa sem vacinação. No início de fevereiro, os russos liberaram a importação de carne de frango do Brasil, com exceção da produzida no Pará e Amazonas.
Mercado - A Rússia foi, em 2004, o maior mercado consumidor de carnes do Brasil, com a compra de US$ 867 milhões, o que representa 14% das exportações totais de carne do Brasil em 2004. As exportações de carne bovina in natura somaram US$ 239 milhões; de carne suína, US$ 441 milhões; e de carne de frango in natura, US$ 159 milhões. ( Mapa)