RURAL BRASIL UNIFICA DEFESA DO SETOR AGROPECUÁRIO

O setor agropecuário nacional passará a contar, a partir de hoje, com um Conselho Superior de Agricultura e Pecuária do Brasil, denominado Rural Brasil, com o objetivo de harmonizar posições e buscar consenso nas áreas de maior interesse do setor como comércio internacional, legislação ambiental, trabalhista, previdenciária, tributária e fundiária, entre outras. Sob a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as seis entidades fundadoras do Rural Brasil - Sociedade Rural Brasileira (SRB), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), União Brasileira da Avicultura (UBA), Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e Conselho Nacional do Café (CNC) - vão unificar suas ações diante das questões trazidas para discussão pelas entidades setoriais que compõem o Conselho, fortalecendo a representação única em torno das posições adotadas.

Frente Ampla - Segundo o presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, "o Rural Brasil nasce para consolidar o espírito da Frente Ampla da Agropecuária, o primeiro movimento de grande êxito da história sindical brasileira, fundado em 1986, às vésperas da Constituinte". Mais abrangente e amadurecida, esta ação unificada institucionaliza o histórico movimento da Frente Ampla, "agora com outro nome, regra e parceiros". Para ele,"o setor primário, devido a sua enorme representação, não pode ter mais de uma voz. A proposta é unificar ações e o discurso entre os setores civil, sindical e cooperativo".

Cooperativismo - Lá fora, cada vez mais, se quer saber o que pensa o Brasil e temos que ter uma única voz para responder a estas questões, explica Antônio Ernesto. "Fala-se em cooperativismo, em criação de cooperativas, mas isso não se cria, nasce do interesse coletivo e os candidatos a presidente, por exemplo, precisam saber", agrega Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB. "Vamos criar condições de diálogo e conhecimento do setor. O transporte da nossa produção, por exemplo, tem uma matriz errada que encarece nossos produtos", afirma Zoé Silveira D'Ávila, presidente da UBA.