Rumos da economia brasileira e mundial

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Após a participação do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, os dirigentes cooperativistas presentes no Fórum dos Presidentes, ouviram o consultor da Fundação Getúlio Vargas e ex-membro da equipe econômica do ministro Adilson Funaro (governo Sarney), Paulo Nogueira Batista Júnior, fazer uma análise detalhada sobre a economia brasileira e mundial. Durante uma hora e meia o economista falou sobre as expectativas em relação a política econômica adotada pelo atual governo e as perspectivas para 2005. Paulo Nogueira disse que o atual governo demonstra mais eficiência que o governo anterior (FHC) na condução da política econômica, principalmente com relação a política externa. Para ele, a receita que está sendo usada é a mesma que foi aplicada no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e disse ter preocupação aonde a atual política de juros e de câmbio irá levar o país. “Tenho convicção de que o principal erro de FHC foi a sobrevalorização da política cambial e levou em tudo aquilo que sabemos. Me preocupa se não estamos cometendo os mesmos erros, os quais deverão refletir lá na frente. Erros esses que podem até comprometer a reeleição do presidente Lula”, ressaltou.

Sorte - Segundo Paulo Nogueira a atual equipe econômica está levando “sorte”, pois o cenário mundial nestes 4,5 meses é favorável, mesmo assim, continuamos praticando uma taxa de juro anormal que nenhum outro país do mundo possui. Segundo levantamentos apresentados, Nogueira diz que nossa taxa de juros reais é de mais ou menos 13% enquanto muitos países a média está em torno de 1%. Outro desafio apresentado pelo especialista é com relação a distribuição de renda, ele afirma que, “surpreendentemente, um governo dito de esquerda está fazendo com que a concentração de renda aumenta ainda mais, pois vemos a aplicação de uma política concentradora, ao contrário daquilo que se imaginaria para um governo petista. O lucro hoje com estes juros são dos bancos, das seguradoras e dos fundos de pensão, uma política de juros fora da linha”, frisou.

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