Rodrigues vê dificuldades no próximo encontro da OMC
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Protecionismo no açúcar - O ministro também se mostrou muito preocupado com a possibilidade da Câmara argentina reverter um veto presidencial que impediu que a cobrança de uma sobretaxa ao açúcar brasileiro fosse incorporada à legislação do país. Rodrigues e o ministro da Produção da Argentina, Aníbal Fernández, discutiram o assunto ontem em Buenos Aires. Na semana passada, o Senado argentino derrubou o veto em votação unânime, respondendo a interesses de províncias do norte do país que dependem economicamente do açúcar e alegam não ter como competir com o produto brasileiro. A derrubada do veto por unanimidade mostra uma tendência clara na Câmara também. A votação pode ocorrer nos próximos dias, mas o ministro Aníbal Fernández se comprometeu a fazer gestões junto aos deputados para adiá-la. Uma das possibilidades levantadas por Rodrigues é que o Brasil proponha comprar álcool de produtores argentinos em troca da liberação do mercado de açúcar.
Conselho Agropecuário do Sul – Os ministros Rodrigues e Fernández também assinaram um acordo criando o Conselho Agropecuário do Sul, uma entidade de nível ministerial que terá como objetivo principal coordenar políticas comuns entre os países do Mercosul, além de Chile e Bolívia. A primeira iniciativa do grupo é propor a criação, pelo setor privado, de uma trading para comercializar produtos agropecuários cotados na bolsa de Chicago, unificando a estratégia de preços do bloco. O primeiro encontro do conselho deve ocorrer na primeira quinzena de abril em São Paulo.
Participação no Fome Zero – Empresário argentinos pediram ao ministro Roberto Rodrigues igualdade de condições para competir no fornecimento de alimentos ao progarma Fome Zero. O governo Duhalde quer aproveitar a oportunidade para o ingresso de produtos argentinos no mercado brasileiro. As autoridades argentinas contam com a vantagem dos menores preços dos seus produtos alimentícios em relação aos do mercado extra América Latina, em função dos custos dos fretes. Quanto estiver funcionando pelnamente, o programa deve incrementar o consumo de alimentos, assim distribuído: 23% no leite, 12% no arroz, 17% no frango e 17% na carne bovina. O governo estima que a produção atual de alimentos será insuficiente, a curto prazo, para atender a demanda do programa, havendo necessidade de importação especialmente de carne, leite, feijão e batata.